04/10/2021 às 11h02min - Atualizada em 04/10/2021 às 11h02min

Alunos, professores e equipe técnica se alegram com retorno das aulas 100% presenciais

Escolas seguem plano de biossegurança com higienização de álcool em gel e uso obrigatório de máscaras

Triagem na entrada da escola - Bruno Henrique

Na manhã desta segunda-feira (4), houve o retorno 100% presencial dos alunos das escolas da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul (REE).

Na Escola Estadual Lúcia Martins Coelho, local com mais de 340 alunos, a equipe do Correio do Estado esteve presente para avaliar se os protocolos de biossegurança estavam sendo cumpridos. 

Na entrada os alunos passam por uma triagem, com aferição da temperatura e limpeza das mãos com álcool em gel, além de ter alunos saudando o retorno dos outros colegas, como é o caso de Victoria Nunes Brasil, de 15 anos. 

A aluna do 1° ano ensino médio, vice-presidente do grêmio estudantil, estava ansiosa para retorno, pois durante o ensino remoto e híbrido sentiu que o ensino foi impactado. 

“As matérias no ensino híbrido não acumulavam, mas acabava gerando dúvidas que não tinham como ser esclarecidas por conta de ter que vir na escola falar com os professores, eles tinham um horário de atendimento e, às vezes, não conseguiam explicar muito bem”, afirmou. 

 

Todos os alunos estavam utilizando máscara e o local estava com diversas novidades, como o distanciamento social. Além disso, segundo o diretor da escola, Marcio Beretta Cossato, de 36 anos, toda a equipe foi orientada e a escola preparou um comitê de biossegurança. 

“Conversamos com toda a equipe e com os alunos para a retomada, e eles têm nos ajudado muito, têm orientado e ajudado a gestão a monitorar as normas de biossegurança aqui na escola. A escola criou um comitê de biossegurança seguindo as orientações da Secretaria de Estado de Educação (SED)”, relatou o professor.

Cossato reiterou que durante o período de ensino híbrido, a escola não teve problemas ou resistência por parte dos alunos em relação aos protocolos, ou uso de máscaras. 

“Foi um período de preparação, um período muito bom, até para os alunos saberem como funciona. Durante todo esse período tivemos um caso só [de Covid-19], ele não estava na escola, foi diagnosticado em uma semana que estava em casa, daí ele não retornou e não precisamos fazer o isolamento da turma”, disse. 

“Agora esse processo de retorno vai facilitar, até mesmo, o trabalho de escola, porque os professores estavam nessa semana na escola e uma semana corrigindo, preparando  atividades para esses alunos fazerem em casa. Agora com essa retomada eu acredito que vai ficar mais tranquilo para o grupo de professores. Todos estão vacinados”, completou. 

 
 

A alegria do retorno é nítida entre os alunos. Yan Gabriel de Oliveira Gomes Teixeira, de 15 anos, disse que até comemorou quando saiu a notícia do retorno, já que não tinha contato com seus amigos durante o ensino híbrido, pois ficou na segunda semana e eles na primeira. 

“Foi difícil neste último ano que ficou fora da escola, porque não podia sair, não podia se encontrar, a gente estava acostumado a se encontrar bastante, ir no campo tomar tereré, jogar bola. Agora que chegou a vacina ficou melhor, porque tem uma segurança”, afirmou o estudante que tomou as duas doses do imunizante.

 

Retomada

Em 2 de agosto houve o retorno das aulas de forma escalonada. No momento, a lotação dos alunos nas salas de aula variavam dependendo dos indicadores de risco do Programa Prosseguir.

As cidades com bandeira cinza podiam ter 30% de lotação. Na bandeira vermelha, as escolas podiam ter 50% dos alunos. Já na bandeira laranja, 70% dos alunos podiam estar em sala de aula.

A bandeira amarela sinalizava que as escolas podiam colocar até 90% dos alunos. 

Na época a SED informou que as aulas 100% presenciais retornariam nas cidades com bandeira verde, mas isso não aconteceu, já que, de acordo com o último boletim do Prosseguir, 32 municípios estão em bandeira amarela, 29 na laranja, 18 na vermelha e nenhum está na coloração verde. 

Mesmo assim, na última quarta-feira (29), durante a live do Prosseguir, a equipe informou o retorno de lotação máxima nas escolas do Estado. 

“A vacina teve um papel fundamental para que isso fosse possível. Temos em média de 27 a 28 alunos por sala de aula, não vamos ter problemas de distanciamento”, disse o secretário-adjunto de educação Édio Resende.

Segundo o levantamento feito pelo Governo Estadual, 63% dos adolescentes (12 a 18 anos) haviam sido vacinados com a primeira dose da vacina contra a Covid-10 (D1). 

Desde o dia 17 de março de 2020, foram 508 dias com aulas remotas ou híbridas. Devido a isso, muitos alunos tiveram o ensino comprometido. A SED já prepara um plano de recuperação com aulas de reforço para os alunos que apresentarem dificuldades nos conteúdos aplicados no último ano.


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