O Departamento de Operações de Fronteira (DOF) apreendeu quase meia tonelada de cocaína, nessa terça-feira (8), em Mato Grosso do Sul.
A droga totalizou 494,35 quilos e foi avaliada em aproximadamente R$ 50 milhões.
De acordo com o DOF, policiais faziam patrulhamento de rotina pela Linha Internacional, faixa de fronteira seca entre o Brasil e o Paraguai, quando visualizar um avião decolando de uma fazenda com direção ao país vizinho.
A situação chamou a atenção dos policiais, que foram até a propriedade rural.
No local, duas pessoas foram abordadas e confessaram aos policiais que estavam na fazenda para transportar cocaína em um avião.
Eles também disseram que a aeronave que havia decolado pouco antes estava carregada com meia tonelada de cocaína e seguiu para o Paraguai.
Aos policiais, a dupla disse que outra meia tonelada do entorpecente estava enterrada ao lado da pista de pouso e decolagem, aguardando para ser carregada e levada ao país vizinho.
Por fazer fronteira com o Paraguai e Bolívia, Mato Grosso do Sul é rota do tráfico de drogas.
No ano passado, a apreensão de cocaína pelas forças policiais ligadas a Secretaria de Estado de Justiça e de Segurança Pública (Sejusp) mais que dobrou, em comparação com 2020, tanto em Campo Grande, como em todo o Mato Grosso do Sul.
Na Capital o aumento chegou a 134% levando em conta dados de janeiro a novembro de 2021, em relação ao mesmo período de 2020, já no Estado o crescimento foi superior, de 147%.
Segundo dados da Sejusp, em todo o Mato Grosso do Sul foram retirados de circulação 5.875 quilos, 5,8 toneladas de cocaína em 2021.
Na Capital o comparativo mostra que, enquanto em 2020 houve apreensão de 1.097,8kg da droga, em 2021 essa mesma substância totalizou 2.568,6 kg, 2,5 toneladas.
Em valores, pode-se dizer que a polícia do Estado deu um golpe no bolso dos traficantes que pode ir de R$ 176.250.000 a R$ 705.000.000, a depender no mercado para onde seria destinado esses carregamentos de cocaína.
Apenas 20% do total de entorpecente produzido e transportado fica no Brasil, o restante é encaminhado para a Europa, principal consumidor da droga, onde o mesmo quilo chega a custar R$ 120 mil.