21/02/2022 às 12h18min - Atualizada em 21/02/2022 às 12h18min

Dinheiro esquecido: você pode ter e nem saber. Confira aqui as possibilidades

Dinheiro esquecido: você pode ter e nem saber. Confira aqui as possibilidades

Dinheiro que o cidadão nem lembra pode estar parado em contas de bancos e de instituições oficiais. (Foto: Agência Brasil

O sistema de consulta a dinheiro esquecido do Banco Central superou 100 milhões de pesquisas na primeira semana noar, de pessoas que querem saber se tem dinheiro parado em instituições financeiras. Essa não é a única fonte de recurso que pode estar parado nos bancos. 

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Há possibilidades de descobrir valores também de fundos públicos, revisão de benefícios da Previdência, abono salarial, malha fina do Imposto de Renda e até envolvendo prêmios de loterias.

Confira abaixo a lista que a Agência Brasil preparou com as principais fontes alternativas de dinheiro esquecido:

Cotas do PIS/Pasep

Recursos com a arrecadação do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Serviço Público (Pasep) eram depositados em cotas num fundo público, antes da Constituição de 1988.

Em outubro do ano passado, segundo a Caixa informou, cerca de 10,5 milhões de trabalhadores ainda não tinham sacado R$ 23,3 bilhões.

Tem direito o beneficiário que trabalhou com carteira assinada entre 1971 e 4 de outubro de 1988. A Lei 13.932, de 2019, tornou os recursos do fundo disponíveis para todos os cotistas, sem limite de idade. Além disso, herdeiros passam a ter acesso simplificado aos recursos.

A retirada pode ser pedida até 2025 no aplicativo Meu FGTS, que permite a transferência para uma conta corrente. Após esse prazo, o dinheiro voltará para as contas do governo. Para saber se tem direito às cotas do fundo, o correntista deve consultar o site.

Abono salarial de anos anteriores

Também depois da Constituição de 1988, parte da arrecadação do PIS/Pasep passou a ser destinada ao pagamento do abono salarial. Tem direito a esse valor, trabalhadores com carteira assinada que receberam até dois salários mínimos dois anos antes do pagamento do abono.

O Ministério do Trabalho e Previdência informou que mais de 320 mil trabalhadores ainda não retiraram o abono salarial de 2019, totalizando R$ 208,5 milhões parados.

A partir de 31 de março, os beneficiários poderão enviar um recurso administrativo para reaver o abono.

Isso pode ser feito pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital, pelo Portal Gov.br, pelo telefone 158 ou presencialmente nas unidades do Ministério do Trabalho. Também será possível enviar o requerimento administrativo por e-mail às superintendências locais da pasta, no endereço http://trabalho.uf@economia.gov.br/. As letras uf devem ser trocadas pela sigla do estado onde o trabalhador mora.

Revisão de auxílios do INSS

Em torno de 11 mil segurados do INSS que receberam benefício por incapacidade (como o antigo auxílio-doença) entre 2002 e 2009 poderão sacar a revisão do auxílio entre 1º e 7 de maio. Essas pessoas tiveram o benefício calculado errado e estão recebendo a diferença em lotes após um acordo entre o INSS e o Ministério Público Federal.

A consulta poderá ser feita pelo portal Meu INSS, pelo aplicativo de mesmo nome para dispositivos móveis ou pelo telefone 135. Ao entrar na página, deve-se escolher a opção Revisão de Benefício – artigo 29, na barra superior, em azul.

Depósitos judiciais do INSS

Quem foi à Justiça para pedir concessão ou revisão da aposentadoria podem ter Requisições de Pequeno Valor (RPVs) a receber do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social. Trata-se de precatórios – dívidas do governo determinadas pela Justiça em caráter definitivo – para ações judiciais de até 60 salários mínimos, o equivalente hoje a R$ 72,7 mil.

Esse dinheiro é depositado em contas judiciais no Banco do Brasil ou na Caixa.

O interessado deve digitar o número do processo e do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) nos sites do Tribunal Regional Federal da sua região, no item Precatórios, para verificar se teve o dinheiro liberado.

Se os recursos ficarem esquecidos por mais de dois anos, o dinheiro volta para a União, e só uma nova ação judicial destrava o valor.


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