A novela Pantanal estreia no dia 28 de março, com dois personagens de peso na trama. O primeiro é um antigo conhecido de quem acompanhou a primeira vez que a trama foi exibida, ainda na TV Manchete: o Velho do Rio. Desta vez, a figura mística será vivida por Osmar Prado.
Já o outro “protetor” do bioma é o cantor e ator sul-mato-grossense Almir Sater. Ele será um chalaneiro, presente na primeira e segunda fase da novela, responsável por levar as pessoas até pontos do local.
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Assim como o Velho do Rio, pode-se dizer uma figura encantada, mística, que abriga aquela planície alagada. Tal qual as águas, Eugênio e sua chalana têm um propósito muito forte, de purificar e trazer vida nova, preservando o equilíbrio daquele paraíso.
Em entrevista ao Globo, Osmar Prado comentou que o Velho do Rio é um personagem especial.
“É um poeta, um filósofo, um homem que só na transcendência poderia ser o que é, falar o que tem que falar. Ele representa a libertação do mundo, da terra. Como diz ‘somos filhos de uma mãe gentil e generosa a quem tentamos há muito tempo escravizar’. O Velho do Rio representa a defesa da terra, da fauna, da água. E a defesa também da alegria das pessoas, num mundo mais justo, mais cooperativo, mais solidário, com empatia”, ressalta.
Velho do Rio, para ele, é um verdadeiro justiceiro. “Faz parte do processo também fazer justiça. Eu estou aprendendo muito com ele. A cada fala, eu entendo perfeitamente o que ele quer dizer e estou perfeitamente de acordo. Isso é um privilégio”, pontua.
Osmar Prado conta que aos 74 anos nunca tinha colocado os pés no Pantanal.
“Eu nunca tinha ido ao Pantanal, e agora estou apaixonado pelo que conheci. Eu sabia que encontraria pessoas legais, mas estou em êxtase porque essa viagem foi uma oportunidade muito boa. Tenho 63 anos de carreira e 74 de idade. Ser chamado para fazer o Velho do Rio é uma convocação. Como se eu fosse para um movimento revolucionário, com a mesma integridade, força e dedicação. Nada mais atual do que a fala e as coisas que o Velho do Rio defende”, frisa.
Almir Sater explica que não sabe ao certo quem é Eugênio – seu personagem na trama – mas brinca com o fato de ele poder ser primo do Velho do Rio.
“Eu não sei quem ele é, se é primo do Velho do Rio”, ri. “Ele é um mascate, está na canoa desde que se entende por gente, o pai dele provavelmente era o dono, e na beira de rio, embarcação, às vezes é o único canal de comunicação que temos com o mundo. O que nos leva, nos traz, leva e traz mercadorias. Ele é um cara que fala coisas muito bonitas, tem um toque de magia no que fala. É um homem solitário, gosta da solidão. Estou aprendendo mais sobre ele. Cada vez que leio o texto, entendo mais”, pontua.
Segundo ele, Eugênio é como uma entidade atemporal. “Está nas duas fases da novela e chega na segunda fase com poucas mudanças físicas. É um cara calmo, que não come bicho de sangue quente, vive de peixe. As mensagens dele dizem que ele é um colaborador do Velho do Rio, tanto que ele tem certeza de que o Velho do Rio está aí, mas eles passeiam por águas parecidas”, ressalta.