11/05/2022 às 13h24min - Atualizada em 11/05/2022 às 13h24min

Especialista recomenda que população evite automedicação em casos de dengue

Segundo o doutor em Infectologia Everton Lemos, a dengue pode evoluir rapidamente entre o 3º e 5º dia

Especialistas contraindicam automedicação em caso de dengue - Reprodução/CRF

Com o receio da população em relação à dengue, muitos acreditam que tomar analgésicos pode reduzir danos de uma infecção pela arbovirose. No entanto, a recomendação médica mais indicada é evitar a automedicação, antes de fazer acompanhamento especializado, que deve ser buscado o quanto antes, segundo o doutor em Infectologia Everton Lemos.

O pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) explica que a dengue é um problema de saúde pública importante, principalmente no Estado. “Recentemente, o aumento nos registros de casos de dengue é preocupante, o que reflete que é uma doença presente e com gravidade, visto que pode ir para óbitos.”

De acordo com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), um caso suspeito pode apresentar sintomas como dor abdominal intensa, vômitos, acumulação de líquidos, sangramento de mucosas, letargia ou irritabilidade, hipotensão postural, hepatomegalia, dentre outros.

Os sinais podem se agravar e incluir sangramentos graves e até comprometimento de órgãos. Vale ressaltar que o tratamento inclui, sobretudo, hidratação adequada e reconhecimento precoce de sintomas.

“É importante ressaltar à população que a dengue evolui de uma forma muito rápida para gravidade, geralmente do terceiro ao quinto dia de dengue, são dias preocupantes”, diz Lemos.

O enfermeiro ressalta que é necessário observar sinais logo no aparecimento dos sintomas, além de procurar serviços de saúde o quanto antes e seguir as orientações prescritas pelos profissionais de saúde.

Além disso, o especialista ressalta que medicamentos que têm a presença do ácido acetilsalicílico, como o AAS, podem trazer risco de sangramento na dengue, o que provocaria casos de dengue hemorrágica.

“Desta forma, cuidado com a automedicação. Procure sempre a orientação de um profissional de saúde”.

Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue – Reprodução/Google

Prevenção

Para evitar a proliferação do mosquito que é vetor da doença, recomenda-se manter recipientes fechados e limpos, evitar acúmulo de galhos e água parada, tampar ralos, colocar areia em cacos de vidro de muros ou semelhantes, além de manter limpas bandejas do ar-condicionado e lonas.

A primeira morte do ano foi confirmada em 16 de março, em Campo Grande, mas desde então, já são, ao menos, oito vítimas da doença em território estadual, entre 37 e 82 anos. Dessas, três são de Campo Grande.

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da zika e chikungunya. A SES orienta evitar água parada em todo ano, manter bem tampados tonéis, caixas e barris de água, deixar pneus em locais cobertos, remover galhos e folhas de calhas, além de fazer manutenção de piscinas.

Além disso, é importante colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas, vedar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais, manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo, tampar ralos, catar sacos plásticos e lixo do quintal, dentre outras medidas que impeçam o acúmulo de água e de sujeiras. (*Com informações do Campo Grande News)


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