11/05/2022 às 13h32min - Atualizada em 11/05/2022 às 13h32min

Rivais de Jair Bolsonaro serão aliados em Mato Grosso do Sul

Parceria de líderes do agronegócio se sobressai em relação ao comprometimento com as siglas

Riedel foi único pré-candidato a governador a ficar ao lado de Bolsonaro no palanque em Ponta Porã - Ministério das Comunicações

Em Mato Grosso do Sul, o PSDB e o União Brasil não darão palanque para seus candidatos a presidente da República durante a campanha eleitoral deste ano.  

Essa foi uma das principais matérias publicadas ontem pelo portal Uol, controlado pela Folha de São Paulo. 

Mas não é nenhuma novidade para os leitores do Correio do Estado, que já sabiam dessa articulação política há cerca de um mês, quando foram destacadas as conversas dos bolsonaristas com os tucanos e do União Brasil para formação de uma aliança informal no Estado.

A ex-ministra da Agricultura, deputada federal Tereza Cristina, foi a principal articuladora dessa aliança de apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Ela, como dirigente do PP, fechou coligação oficial com o PSDB para apoiar Eduardo Riedel ao governo do Estado. Nessa parceria, Tereza Cristina será candidata ao Senado.A rebeldia do PSDB é um caso isolado e mostra a força do bolsonarismo em Mato Grosso do Sul. 

A ex-ministra apostou nessa aliança para não só ajudar na reeleição de Bolsonaro, como expandir os representantes do agronegócio nos governos estaduais e no Congresso Nacional.  

A deputada federal já era a principal liderança do agronegócio no País antes mesmo de ser ministra. E Riedel é ex-dirigente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul). Portanto, será mais um integrante do setor produtivo na disputa pelo governo do Estado.  

O atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB) tem, também, origem no agronegócio e é o responsável pela indicação de Riedel para concorrer à sua sucessão.

MUDANÇA DE LADO

O governador Reinaldo Azambuja, principal líder do PSDB no Estado, apoiou o seu então colega do Rio Grande do Sul Eduardo Leite nas prévias do partido.  

O ex-governador gaúcho acabou derrotado pelo ex-governador de São Paulo, João Doria, para ser indicado candidato a presidente da República.

Essa falta de identificação levou Azambuja a virar as costas para Doria e a abrir as portas para Bolsonaro.  

O maior gesto dessa aliança ocorreu em Ponta Porã, na entrega de títulos de terra para o homem do campo. Riedel foi o único pré-candidato a governador a ficar ao lado de Bolsonaro no palanque.

SAIBA

Apesar de os tucanos terem candidatura própria à Presidência, em MS, contarão com o apoio de Bolsonaro.


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