13/05/2022 às 14h52min - Atualizada em 13/05/2022 às 14h52min

Maio Amarelo é sinal de alerta para condutas perigosas no trânsito; veja

Neste mês, Detran tem calendário de ações que contam com simulador de embriaguez

Falta de planejamento pode gerar acidentes e brigas no trânsito - Arquivo Correio do Estado

Maio é mês, no calendário de ações, que foca na conscientização no trânsito, um espaço de convivência que abriga motoristas, ciclistas, motociclistas e pedestres. Para este período, o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul traz diversas estratégias, entre elas até um simulador de embriaguez, para mudar o comportamento do sul-mato-grossense pelas ruas da Capital e do interior do Estado. 

Conforme a Diretora de Educação do Detran-MS, Elijane Coelho, o Maio Amarelo envolve toda a sociedade, entidades e prefeituras.  

"O Detran está realizando palestras em escolas; com os óculos simuladores de embriaguez no Parque dos Poderes aos domingos pela manhã, e receberemos — na semana que vem, dias 19 e 20 — o encontro de Educadores de Trânsito da região Centro-Oeste, promovido pela Secretaria Nacional de Trânsito", comenta.

Além disso, ela aponta o lançamento neste mês de produtos ligados à conscientização, como o manual para o curso teórico de primeira habilitação, "que todas as autoescolas poderão utilizar, uniformizando assim o ensino e estando esse em consonância com o exame teórico que o Detran aplica", diz Elijane. 

Há também o lançamento do curso para educadores de trânsito de quaisquer entidades de Mato Grosso do Sul, sobre ferramentas digitais para educação de trânsito; e campanhas em rádio/televisão.  

"Essa abordagem [pela mídia] a gente considera como um recurso positivo para aquelas pessoas que já tem uma tendência de ter um comportamento adequado no trânsito", pontua a diretora de educação. 

Ela cita que os óculos simuladores, adotados em ações no Parque dos Poderes, classificados como ações diretas com o condutor, são as que possuem bastante força na questão de mudança de atitude, porque provoca uma experiência prática, segundo Elijane.  

"Uma outra forma de educar é a penalidade. Porque existe uma parcela da população que não é sensível às mensagens educativas, para esse público existem as ações de fiscalização que tem se intensificado em Mato Grosso do Sul, principalmente em relação ao álcool", explica Elijane Coelho.

tripé do trânsito

Elijane ressalta que a organização no trânsito é pautada por um tripé: 'educação, engenharia e fiscalização'.  

"As próprias obras que estão acontecendo, tem como objetivo a melhoria do espaço público para circulação das pessoas, quer seja nos seus veículos ou até mesmo a pé, como a reestruturação das calçadas", afirma.  

Caso memorável em Campo Grande, na quarta-feira (10) de março de 2021, a jovem Emanuelle Aleixo Gorski, com 20 anos, morreu após sair para pedalar com uma amiga nos altos da Afonso Pena, e ser atropelada no cruzamento da Avenida Hiroshima com a Avenida Mato Grosso.

Um ano depois, a mãe da jovem, Andrea Aleixo fala como presidente do Instituto Emanuelle, dando dicas para prevenir a violência de todos, dizendo que atitudes saudáveis, pensando na segurança do pedestre, do ciclista e motorista de modo geral, podem evitar muitos acidentes.  

"Não importa se é motorista, ciclista ou pedestre, use sempre equipamentos de segurança obrigatórios, cinto de segurança (motorista) e capacete (ciclista e motociclista). Nunca pilote ou dirija após ter ingerido bebidas alcoólicas, sempre ultrapasse pela esquerda e respeitando o limite de velocidade na via que você está. Não utilize celular com seu veículo em movimento e respeite a faixa de pedestres", diz Andrea.  

Elijane destaca que trânsito é uma questão de planejamento. "É consciência, compartilhamento dos espaços, então é preciso planejar o trajeto antes de sair de casa, o horário, tempo que costuma levar. As obras em Campo Grande são divulgadas pela Prefeitura, então a população sabe a região em que estão acontecendo, as vias que estão sendo interditadas são sempre divulgadas para a imprensa", pondera.  

Para a diretora de Educação, é uma questão de as pessoas se organizarem e não deixar os problemas para serem resolvidos na hora, quando já se está atrasado e começa a ser consumido pela irritação.  

"É atenção, estar disposto a compartilhar, chegou num espaço interditado, de repente a rua reduz uma faixa, usar o retrovisor, a seta para fazer a mudança de faixa, cuidados que a gente exige do outro. Então nós campo-grandenses costumamos dizer que o campo-grandense não dá seta. Então, cada qual dá seta, na atitude de cada um, a gente pode mudar essa pecha de que somos motoristas que não cuidam o próximo", finaliza ela.


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