De janeiro a 19 de outubro deste ano, Mato Grosso do Sul já registrou 22 mil casos prováveis de dengue, mais que o dobro das 10.037 notificações em todo o ano passado, de acordo com os dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
O aumento de 119% no número de casos ocorreu inclusive no período de estiagem, quando há menor acúmulo de água parada.
Segundo o secretário da SES, Flávio Britto, o crescimento no número de notificações da doença é justificado pela maior atenção dos profissionais de saúde no processo de notificação da doença e pela alta procura da população pelos serviços de saúde.
Questionado sobre os picos de casos da doença em 2022, quando foram registrados números alarmantes de 1,9 mil ocorrências no Estado em um intervalo de apenas 21 dias, o secretário informa que o período de maior pico de notificações foi entre a semana 17 e 19 nos meses de abril e maio.
Nesse período, foi intensificado o apoio da SES aos 79 municípios de MS por meio de visitas técnicas.
Desde a semana passada, como já é comum em todos os anos, o governo do Estado já começou a emitir alertas sobre o aumento da proliferação do mosquito transmissor da dengue.
O secretário Flávio Britto ainda destacou que a melhor forma de prevenção da dengue é eliminando pontos de água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros.
“Como em vasos de plantas, latões de água, pneus, garrafas plásticas. Dessa forma, a população pode ajudar cuidando do seu quintal”, salientou.
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela SES ontem, 55 municípios de Mato Grosso do Sul estão classificados com alta incidência para a dengue.
Entre os municípios que apresentam a maior incidência de casos prováveis de dengue, proporcionalmente à sua população, estão São Gabriel do Oeste, com 1.716 casos, Chapadão do Sul, com 1.103 casos, e Angélica, tendo 309 casos.
A faixa etária dos 20 aos 29 anos lidera o ranking de casos prováveis da doença em Mato Grosso do Sul, com 20% do total de notificações.
Em seguida, os dados da SES apontam que o grupo de 30 a 39 anos representa 17,49% dos casos da doença e a taxa de contaminados com a dengue na faixa etária de 10 a 19 anos chega a 17,98%.