23/01/2020 às 10h21min - Atualizada em 23/01/2020 às 10h42min

Uso de ômega-3 presentes em frutos do mar para prevenção de Alzheimer

Neste artigo, Fernanda Bim de Arruda Leme, gerente de Qualidade da Vivenda do Camarão, aponta os benefícios do consumo de frutos do mar

DINO
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Alzheimer é uma doença degenerativa que corresponde de 60 a 80% das demências. Essa deterioração avança através dos danos nas células nervosas no cérebro, consequentemente levando a diminuição gradativa da linguagem, da memória e de outras habilidades voltadas as funções cognitivas, dificultando a realização das atividades corriqueiras (ALZHEIMER'S ASSOCIATION, 2015).

O estilo de vida e a ingestão dietética são consideradas fatores de proteção para a doença de Alzheimer (DA), tornando-se de grande interesse para cientistas, pois, as pessoas portadoras dessa patologia costumam apresentar uma redução nos hábitos alimentares a partir das condições físicas e mentais quando a doença avança. Ainda não há cura para a DA, entretanto existe as maneiras preventivas por meio de uma dieta balanceada e saudável.

A partir de pesquisas realizadas, percebeu-se que os níveis de ômega-3 são reduzidos com o decorrer dos anos, o que incentiva a busca de estudos que demonstrem a importância do consumo dessa gordura poli-insaturada. De acordo com os pesquisadores, o consumo de ácidos graxos poli-insaturados causam um efeito neuroprotetor no Alzheimer. Além disso, os estudos apontam um benefício correlacionado entre a DA e a ingestão de alimentos ricos em ômega-3 (FABRELIERE, et Al, 2000; YOUDIM MARTIN, JOEPH, 2000; COZZOLINO, COMINETTI, 2013; COOPER, 2014).

Realizou-se uma pesquisa pelo Chicago Heath and Aging Project com um total de 815 pessoas idosas com idades variando entre 65 a 94 anos sem nenhuma doença degenerativa, por um período de quase 4 anos. Introduziram nos pacientes uma alimentação que continha peixes uma vez por semana, essa refeição demonstrou uma queda de quase 60% do risco para evolução do Alzheimer baseando-se nos pacientes que não tiveram ingestão ou que ingeriram esporadicamente. O estudo então, relacionou a ingestão de ômega-3 a redução dos níveis de riscos na doença de Alzheimer (CANHADA, 2015).

A baixa ingestão alimentar de peixes e o estilo de vida da população pode gerar consequências, pois ocorrem as deficiências nutricionais que impulsionam os danos para a saúde dos indivíduos futuramente. O camarão também é considerado fonte de ômega-3 e seu consumo diário de 312 gramas leva a alcançar as recomendações de 1 grama de EPA e DHA por dia para homens e mulheres, uma vez que o corpo humano não sintetiza ômega-3, dependendo assim da ingestão alimentar (KRIS-ETHERTON et Al, 2003).

Em suma, os benefícios oferecidos pelo ômega-3 foram evidenciados através de estudos que recomendam o consumo de 2 vezes na semana de alimentos fonte, que como já citado tem uma ação protetora conta a doença (CONCEIÇÃO, 2017).

O poder da astaxantina

Evidências apontam que o consumo de carotenoides pode desempenhar papeis fundamentais na saúde humana prevenindo câncer e inibindo a atuação de doenças acometidas através dos radicais livres (Mal de Parkinson, Catarata, Alzheimer, infarto do miocárdio, derrame (AVC) e etc.) (Delgado-Vargas and Jiménez, 2000; John C. Leffingwell).

Os carotenoides são pigmentos encontrados na natureza nas cores vermelha, amarelo e laranja. Estão presentes em diversos seres vivos, desde os microrganismos até os animais. Bactérias, fungos, algas e plantas são capazes de produzir o pigmento, já os animais como crustáceos (camarões, lagosta e siri) aves (flamingos) e peixes (truta e salmão) o adquirem através da alimentação (Gordon et al, 1982; Valduga et al, 2009).

Eles possuem grupos de aproximadamente 700 representantes. Entre eles encontra-se a astaxantina que possui propriedades químicas definindo-o como um poderoso antioxidante, promovendo efeitos benéficos em várias patologias relacionada a danos oxidativos como a hipertensão, obesidade e câncer (Sies and Stahl, 2004).
Pesquisas realizadas demonstraram que a introdução de 1 mg/kg de astaxantina reduziu de forma significativa as metástases hepáticas, além de proteger o organismo contra os efeitos tóxicos de drogas anticancerígenas. Outro estudo realizado, também correlacionou a astaxantina a inibição do ganho de peso, consequentemente a melhora no desempenho de atividades físicas e queda nos níveis de triglicérides hepático e colesterol plasmático (Tripathi and Jena, 2008; Liang et al, 2009; Hix et al, 2005; Yanar et al, 2004).

A maior parte das pesquisas realizadas sugeriram que a introdução diária de 4mg de astaxantina traz os benefícios já citados acima, entre outros. Sugerem também que uma dieta baseada em crustáceos e salmão são capazes de suprir à quantidade de astaxantina para uma dieta saudável. De acordo com estudiosos, a ingestão de 260 gramas de camarão consegue suprir essa quantidade apontada por pesquisadores trazendo benefícios a saúde quando associados a hábitos saudáveis (Yanar et al., 2004).



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