24/11/2022 às 12h10min - Atualizada em 24/11/2022 às 12h10min

Confiança do consumidor cai 3,3 pontos em novembro, diz FGV

Índice ficou em 85,3 pontos. Em médias móveis trimestrais, indicador avançou 0,5 ponto

Sergio Moraes Daniela Amorim, do Estadão Conteúdo
Consumidores aguardam em fila de supermercado no Rio de Janeiro, Brasil Reuters

confiança do consumidor caiu 3,3 pontos em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira (24) a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 85,3 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 0,5 ponto.

“A confiança dos consumidores cai pelo segundo mês consecutivo. Passado o efeito das transferências de renda, os consumidores de baixa renda voltam a se sentir menos satisfeitos sobre a situação financeira familiar e revisar suas expectativas para baixo nos próximos meses”, avalia Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Bittencourt acrescenta que mesmo com uma queda das perspectivas sobre a inflação e um efeito ainda positivo no mercado de trabalho, há um aumento do pessimismo sobre as finanças familiares nos próximos meses. “É possível que ainda exista algum espaço para o consumo pelas famílias de maior poder aquisitivo, mas, dada as condições macroeconômicas, sua sustentação nos próximos meses acaba sendo uma tarefa difícil.”

Em novembro, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 3,7 pontos, para 70,8 pontos. O Índice de Expectativas (IE) recuou 2,7 pontos, para 96,0 pontos.

No ISA, o item que avalia a situação financeira das famílias caiu 5,6 pontos, para 60,9 pontos. O componente que mede a satisfação sobre a situação econômica recuou 1,9 ponto, para 81,2 pontos.

Quanto às expectativas, o quesito que mais contribuiu para a queda da confiança no mês foi o da situação financeira das famílias nos próximos seis meses, que encolheu 5,6 pontos, para 92,5 pontos.

O item que mede o grau de otimismo com a situação econômica geral caiu 4,6 pontos, para 110,6 pontos, único componente ainda acima do nível neutro. Já a intenção de compra de bens duráveis subiu 2,5 pontos, para 85,5 pontos.

A análise por faixa de renda mostrou que o resultado negativo foi influenciado pelos consumidores com menor poder aquisitivo. Entre as famílias com renda até R$ 2.100,00 mensais, a confiança caiu 10,1 pontos, para 74,5 pontos. No grupo que recebe acima de R$ 9.600,00 mensais, o indicador subiu 0,7 ponto, para 92,2 pontos, único grupo com melhora no mês.

A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 1º e 21 de novembro.


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