23/01/2023 às 12h24min - Atualizada em 23/01/2023 às 12h24min

Produção industrial de MS enfrenta quatro desafios para romper "estabilidade" e, de fato, avançar

Sondagem do Radar Fiems aponta que barreiras do crescimento aparecem, em cenário de pessimismo e falta de confiança maiores, pelos próximos seis meses

Setor tem se mostrado atrativo acima da média, com a intenção para janeiro sinalizando 53,8 pontos - Reprodução/ Sistema Fiems

Em um atual momento de estabilidade e/ou crescimento, a produção industrial de Mato Grosso do Sul tem quatro principais desafios principais pela frente, registrados no último trimestre de 2022, para romper de vez com o "marasmo" e avançar de fato. 

São eles: a demanda interna insuficiente; falta de trabalhador qualificado, elevada carga tributária e do alto custo da matéria-prima, segundo a Sondagem do Radar Industrial da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems). 

Ainda que a atividade tenha sido menos intensa no final do ano, segundo o relatório - comum para o período -, e a produção tenha sido bem ou estável, a confiaça e intenção de investimento recuaram, se comparado com o último levantamento. 

Vale ressaltar que, entre os resultados positivos, a queda foi sinalizada por 36%, 67 empresas respondentes, que corresponde a um recorte de 4,0% da amostra nacional. 


Nesse cenário, 2022 chegou ao fim com a marca de 45,3 pontos no índice de evolução da produção, resultado que é 1,8 pontos acima da média histórica para o período. 
Entre os pontos que simbolizam essa estabilidade, aponta-se a utilização da capacidade instalada, onde mais da metade (63%) apontou que a média ficou igual ou acima do usual para dezembro. 

Fim de 2022 em condições financeiras

Conforme o material do Radar Industrial, um quarto das empresas apontou um aumento no preço das matérias-primas, enquanto mais da metade (54%) viu estabilidade nos valores praticados no período. 

No geral, 60% das empresas classificam as próprias situações financeiras como satisfatórias, com o mesmo cerca de um quarto dos produtores (24%) declarando que a situação está ruim, valor maior do que os que dizem enfrentar uma maré "boa" (17%). 

Quando se considera os que encaram a situação como "boa", o percentual é ainda mais baixo (12%) se tratando da margem de lucro operacional. 

Ou seja, quando o assunto é a margem do que se ganha com operações, somente cerca de 52% consideram a situação satisfatória, com outros 36% encarando os lucros operacionais como ruins. 

Confira abaixo o quadro com os problemas enfrentados, no quarto trimestre de 2022, pelos produtores de Mato Grosso do Sul. 

Expectativas e intenção de investimento

Para os próximos seis meses, contando deste janeiro - conforme coletado entre os dias 3 a 13 - a previsão de estabilidade é visível, sem aumentos significativos tanto nas demandas, quanto na compra de matérias-primas e número de empregados. 

Mais da metade das empresas (52,2%) sinalizam que as demandas se manteram no nível estável. O aumento é previsto por 26,9%, enquanto outros 20,9% se preparam para uma queda na busca. 

Essa visão de estabilidade pelos próximos meses so cresce, quando analisadas as compras de matérias-primas e gasto com empregados, que sinalizam, respectivamente, 61% e 73,1%. 

Em questão de como devem ficar as compras pelos próximos meses, os pessimistas e otimistas se apresentam quase que equilibrados, com 19,1% prevendo queda e outros 19,9% esperando um aumento.

Justamente esses índices ainda estarem em patamares positivos, sinalizam que: "o otimismo entre os empresários industriais de Mato Grosso do Sul se encontra menos intenso e disseminado neste período. Ainda assim, 55% dos empresários afirmaram que pretendem realizar investimentos nos próximos seis meses”, afirma o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende. 

Tratando-se de investimento - numa classificação de zero a cem -, o setor tem se mostrado atrativo acima da média, com a intenção para janeiro sinalizando 53,8 pontos.

Importante frisar que essa pesquisa foi feita com empresas dos seguintes segmentos:

  • Produtos alimentícios,
  • De metal,
  • De material plástico,
  • Produtos têxteis,
  • Confecção de artigos do vestuário e acessórios,
  • Máquinas e equipamentos,
  • Couros e artefatos de couro,
  • Produtos de minerais não metálicos,
  • Extração de minerais não metálicos,
  • Bebidas,
  • Produtos de madeira,
  • Químicos,
  • Produtos de borracha,
  • Atividades de apoio à extração de minerais,
  • Calçados e suas partes,
  • Biocombustíveis,
  • Produtos de limpeza,
  • Produtos farmoquímicos e farmacêuticos,
  • Máquinas, aparelhos e materiais elétricos e
  • Móveis.

** (Com assessoria)


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