Em Campo Grande onde cumpre uma série de agendas nesta quinta-feira (30), a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, comentou sobre a possibilidade de instalar mais uma Casa da Mulher Brasileira em Mato Grosso do Sul. O estado, comentou a ministra, é “um dos poucos que tipifica o crime de feminicídio”, o que o coloca no topo do ranking de regiões onde há punição específica para esse tipo de crime. O projeto da nova casa de atendimento à mulher, no entanto, ainda não tem previsão de sair do papel.
Durante audiência pública nesta tarde (30) na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), a ministra também falou sobre a expectativa de aumentar os mecanismos de proteção à mulheres vítimas de violência, por meio de monitoramento eletrônico e a Patrulha Maria da Penha. “No caso da tornozeleira, colocamos na conta do Ministério da Justiça”, pontuou.
Durante coletiva, Cida disse que assumiu o ministério com orçamento de R$ 23 milhões e após “falas” com o governo federal, foram acrescidos ao montante R$ 100 milhões e afirmou que algumas ações do órgão só são viabilizadas com ajuda de outros ministérios.
“A política pública para a mulher é transversal, não é única e exclusiva do ministério das Mulheres. Nós conseguimos chegar a R$ 958 milhões para implementar diversas políticas. A Constituição estabelece o que cada ministério pode fazer e sobre o que ele financia ou não. Para nós não cabe colocar tonozeleira, fazer delegacia ou comprar viatura. Por isso a gente chama de ação transversal. O meu papel é conversar e fazer com que o ministério da Justiça invista efetivamente nessas políticas”, disse.
Cida Gonçalves só deve deixar Campo Grande no final da tarde desta sexta-feira (30). Pela manhã, a ministra se reúne com o governador Eduardo Riedel (PSDB). Cida ainda cumpre agenda no Bioparque Pantanal, vai participar da inauguração de uma sala do IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) na Casa da Mulher Brasileira e visita a nova sede do Centro Especializado de Atendimento à Mulher, na rua Pedro Celestino.