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Tereza Cristina durante entrevista ao Primeira Página e à Morena FM (Foto: Lucas Oliver)Uma das propriedades que pertence a família da senadora Tereza Cristina (PP) em Terenos – cidade a 17 quilômetros de Campo Grande – foi ocupada por um grupo de sem-terra nesse domingo (30). A polícia foi ao local e conseguiu convencer os invasores a deixarem o local no mesmo dia.
A informação foi confirmada pela assessoria da senadora nas redes sociais. “Na madrugada deste domingo (30), um pequeno grupo de invasores sem-terra tentou ocupar a fazenda da família da senadora Tereza Cristina (PP-MS), localizada em Terenos. Eles se retiraram ainda pela manhã, pacificamente, após intervenção da Polícia Militar”.
Um boletim de ocorrência também foi registrado na delegacia do município. No documento consta que a invasão ocorreu na Fazenda Santa Cristina, por volta das 9 horas de domingo.
O grupo era pequeno, cerca de dez pessoas. Eles entraram na propriedade pela MS-355 – que liga Terenos a Dois Irmãos do Buriti – e começaram a montar o acampamento as margens da rodovia. Para a polícia, duas mulheres se apresentaram líderes do movimento, que segundo elas é chamado de Fênix.
Elas explicaram o alvo do movimento eram fazendas no município que possuem débitos fiscais com Governo Federal. Na conversa, as líderes do grupo citaram outras duas propriedades que seriam invadidas; uma deles na região da Ponte do Grego e a segunda em Terenos, quase na divisa com o município de Rochedo.
Os policiais cobraram do grupo a autorização para ficarem na rodovia e reforçaram todos os crimes cometidos por eles. No fim, decidiram desmontar o acampamento e sair do local.
Horas depois, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) negou ser autor da invasão.
“O MST em Mato Grosso do Sul vem, por meio desta nota, afirmar que não realizou ocupação em áreas ligadas à senadora Tereza Cristina (PP), em Terenos, MS. Ainda que seja figura proeminente do agronegócio e tenha em seu histórico a condução do Ministério da Agricultura durante o governo Bolsonaro, o MST não organizou nem apoiou nenhuma ação em latifúndios da senadora”.
Na nota, o movimento alega que ao longo de abril, várias ações foram feitas por eles durante a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, mas nenhuma ocupação de terras.
“Repudiamos a tentativa de vincular a luta do MST à ação ocorrida na propriedade ligada à senadora. Em um momento de avanço da criminalização contra o MST, através, por exemplo, da instalação de uma CPI ilegal contra nós, tais vinculações só servem para incitar a sociedade contra a luta legítima do Movimento”.
