05/06/2023 às 16h00min - Atualizada em 05/06/2023 às 16h00min

Pesquisa mostra queda de incêndios florestais em MS e principalmente no Pantanal

Em maio deste ano, houve 33 queimadas registradas no Pantanal, ante 188 focos no mesmo período do ano passado

Pantanal visto por cima - SOS Pantanal

Monitoramento dos Focos Ativos de Queimadas do País, divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra uma queda nos focos de queimadas florestais em Mato Grosso do Sul, principalmente no Pantanal, nesses primeiros meses de 2023. 

Com o fim do outono e a aproximação da chegada do inverno, o tempo seco já tem sido predominante no Estado, deixando os órgãos ligados ao meio ambiente em alerta para os riscos de incêndios florestais. 

Os dados do Inpe são atualizados diariamente e os números divulgados aqui representam estimativa levantada até o dia 4 de julho de 2023. 

Os números mostram que houve uma queda significativa dos focos de incêndio em comparação com os anos anteriores, principalmente no Pantanal. 

Conforme divulgado pelo Inpe, em maio deste ano, houve 33 queimadas registradas no Pantanal, ante 188 focos no mesmo período do ano passado. 

Nos primeiros quatro meses deste ano também foi registrada queda, mas os números, em contexto geral, são baixos, considerando principalmente o período de chuvas, algo normal no começo do ano. 

Na série histórica, o maior foco de queimadas do pantanal, no mês de maio, ocorreu em 2009, com 815 incêndios. 

Entretanto, o mês em que costuma haver o maior número de incêndios florestais é setembro. O maior registro desse mês foi em 2020, quando houve 8,106 queimadas, o maior número desde 1998. 

Curiosamente, o período de inverno de 2022 registrou uma queda substancial de queimadas, com números inferiores até mesmo que os do verão.

Desse modo, percebe-se que, desde o ano passado, há uma queda consecutiva nos focos de queimada do Pantanal. 

Motivos 

Entre os motivos está o intenso trabalho dos órgãos responsáveis no controle e prevenção de incêndios, aliado a um período muito chuvoso, incluindo o inverno de 2022. 

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, em agosto de 2022 as chuvas foram atípicas e atingiram volumes acima da média histórica.

Geralmente, a estação de inverno é seca com pouca ou nenhuma chuva, mas fatores como oscilação antártica, mudança no fluxo de ventos e transporte de umidade, mudaram o cenário climatológico à época. 

Segundo o meteorologista Natálio Abrahão, o acumulado previsto para todo o mês de agosto é de 31,4 milímetros em Campo Grande, e, neste período de 2022, choveu 239,4 mm, ou seja, sete vezes a mais que o esperado. 

Com relação ao combate dos órgãos especializados, a Polícia Militar Ambiental informa ter trabalhado ativamente na prevenção de crimes ambientais e fiscalização do setor, refletindo na queda de queimadas. 

À época, o tenente-coronel Leonardo Rodrigues Congro, assessor Bombeiro Militar na Semagro, destacou que dois fatores principais contribuíram para a queda dos incêndios. 

O primeiro foi o acumulado de chuvas de agosto que esteve acima da média histórica, e o segundo foi a implantação do Plano de Manejo de Fogo, que permitiu ao Corpo de Bombeiros trabalhar com uma maior presença de bombeiros militares no bioma, agindo em diversas frentes.

Em 2022, o Pantanal teve área queimada com redução de 61,20% em comparação com o registrado em 2021. Foram 570.225 hectares atingidos pelo fogo em 2021 ante 221.225 hectares em 2022. 


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