06/06/2023 às 06h10min - Atualizada em 07/06/2023 às 00h00min

Ibañez sobre Seleção: "Meu objetivo é permanecer"

Zagueiro da Roma concedeu entrevista exclusiva ao Sambafoot

SALA DA NOTÍCIA Marina Kaiser Gomes de Faria
sambafoot.com/br/
EPA

Aos 24 anos, Roger Ibañez é convocado novamente pela Seleção Brasileira, se juntando ao grupo em 12 de junho para os amistosos contra Guiné (17) e Senegal (20). Mas para o zagueiro da Roma, o sonho não é apenas chegar na Seleção Brasileira, e sim permanecer entre os convocados.

“Meu objetivo é permanecer ali. Venho trabalhando muito para isso. Se você se mantém em alto nível, concentrado dentro do clube, aquilo vem como uma conquista. É isso que eu procuro fazer, ter um foco total aqui na Roma, trabalhar o mais forte possível, estar o mais preparado possível", disse em entrevista exclusiva ao Sambafoot.

Ibañez se mudou para a Itália aos 19 anos, mas conta que os jogadores de futebol precisam evoluir rapidamente porque, em muitos casos, começam a viver sozinhos ainda na adolescência. 

“É meio que uma obrigação se amadurecer assim tão rápido. A questão é que tem que ter as pessoas certas ao seu lado para te ajudar nisso. Tem que ter a família, poder conversar muito bem com eles, ter um apoio dos procuradores, isso tudo ajuda muito a manter o foco dentro de campo. A partir disso, o essencial é o jogador ter mesmo a cabeça para amadurecer o mais rápido possível”, explica.

Futebol e vida na Itália

Para o zagueiro, a formação no futebol italiano é muito boa para os defensores, com diversos ensinamentos durante os treinos: movimentação, posição, posicionamento dentro de campo, posição de corpo, entre outros. “No dia a dia, se conseguir assimilar bastante, consegue aprender bastante”, conta.

O zagueiro relata que, apesar de não ter feito um trabalho específico para ganho de força ou físico, o Atalanta era um time que fazia frequentemente treinos de força em grupo na academia, o que foi bom para o seu desenvolvimento.

Sobre Mourinho, Ibañez é só elogios. “É um trabalho excepcional. É uma pessoa muito especial. Ele sabe como lidar com cada um. É um cara que trabalha muito no mental, conversa com cada jogador da maneira que ele acha melhor possível, desde o dia que se apresentou até os dias de hoje ele continua sendo a mesma pessoa. É um cara muito competitivo, que quer ganhar sempre, então não tem muito o que dizer dele mesmo. As expressões dele na beira do campo já dizem tudo”.

Durante o bate-papo com o Sambafoot, Ibañez também agradece o carinho que recebe dos torcedores da Roma. “Se sair na rua, vão ter aquelas pessoas que vão pedir foto, vão pedir vídeo. É bem gratificante receber esse carinho dos torcedores. Mas, ao mesmo tempo, eu procuro não sair muito, procuro ficar mais privado na minha casa - eu sou mais assim”, diz.

A Roma tem uma história próxima com os brasileiros: Juan, Aldair, Toninho Cerezo, Cafu, Falcão, entre tantos outros. O zagueiro comenta ter jogado com o Fluminense contra Juan, então no Flamengo, e ter encontrado Aldair em uma praia, com quem jogou uma partida de futevôlei. “Uma pessoa excepcional. Me abraçou, perguntou tudo aquilo que tinha para perguntar, eu também perguntei, e o que eu precisasse poderia chamar ele. É um cara muito excepcional aqui. Não é à toa que é um ídolo da Roma e como pessoa é excepcional”.

Convocação para jogar pela Seleção Brasileira

Para o zagueiro, a convocação é um resultado de tudo aquilo que faz dentro do clube. “Se você se mantém em alto nível, concentrado dentro do clube, aquilo vem como uma conquista. É isso que eu procuro fazer, ter um foco total aqui na Roma, trabalhar o mais forte possível, estar o mais preparado possível para que eu esteja pronto para estar ali”, afirma Ibañez

Um sonho para muitos (se não todos) jogadores profissionais de futebol, ser convocado para jogar pela Seleção Brasileira não é algo fácil - afinal, são chamados apenas os melhores do melhores, e a competitividade é grande. Mas para aqueles que conseguem, o aprendizado é imenso.

“Cara, é um momento muito especial estar ali no meio de tantos jogadores que são idolatrados no mundo inteiro. Aprende-se só de estar sentado, jantando, tomando um café, imagina dentro de campo. Dentro de campo é outro nível, outra história, em que se aprende muito fácil”, conta.

Fluminense e Fernando Diniz

Apesar do fuso horário, Ibañez conta que tem assistido alguns jogos do Fluminense e que, em sua opinião, o atual momento do clube com Fernando Diniz é muito bom: ”Estão bem demais, encaixados e entrosados, e isso ajuda muito. O Diniz é um cara que eu sou grato, que me ensinou bastante”. 

O zagueiro explica que, apesar de ter passado pouco tempo com o técnico, foi um período legal. “É um cara que, o que ele tiver que falar para ti, ele vai falar, sendo bom ou ruim, ele vai falar na sua cara e isso é muito interessante dele. É uma maneira que ele tem de ser e, para mim, como jogador, é a melhor coisa que tem. É a melhor coisa ter alguém para falar a verdade na cara, sendo boa ou ruim, então isso acho que o torna bastante especial também. De trabalho, é um cara bem diferente, que procura aprender cada vez mais e cada trabalho que ele dava dentro de campo era diferente a cada dia”.

Confira a entrevista na íntegra.


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