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O Ministério da Agricultura divulgou um estudo que prevê um aumento significativo na produção de grãos no Brasil nos próximos dez anos. Segundo as projeções, o país deve alcançar a marca de 390 milhões de toneladas na safra 2032/33, representando um crescimento de 24,1% em relação à safra atual de 313,8 milhões de toneladas.
O crescimento será impulsionado principalmente pelas lavouras de soja, milho segunda safra e algodão, com uma taxa de incremento de 2,4% ao ano, alavancado pela maior produtividade. A estimativa é que a área plantada com grãos no país cresça 19,1%, atingindo 92,33 milhões de hectares na safra de 2032/33.
O aumento da área cultivada deverá vir, em grande parte, da conversão de áreas degradadas, especialmente de pastagens extensivas, evitando a extensão da cobertura vegetal do país. A soja liderará esse crescimento, com um aumento previsto de 20,6% na produção brasileira, alcançando 186,7 milhões de toneladas.
Além disso, o Brasil deve consolidar sua posição como um dos maiores exportadores mundiais de grãos. Para a soja, a previsão é exportar 121,4 milhões de toneladas, representando 60,6% dos embarques globais. Já para o milho, o país exportará 69 milhões de toneladas em 2032/33, respondendo por 30% dos embarques globais.
Embora as projeções sejam positivas para a maioria dos grãos, o estudo também aponta que a produção de arroz e feijão tende a recuar ao longo da próxima década. Para ambos os produtos, as projeções indicam estabilidade no consumo, com uma leve tendência de contração.
As projeções do Ministério da Agricultura sinalizam um cenário promissor para o setor agrícola brasileiro, com perspectivas de aumento da produção e fortalecimento da posição do país como um dos principais players do mercado global de grãos.
