28/09/2019 às 13h50min - Atualizada em 28/09/2019 às 13h50min

Desembargador se dá por impedido e decisão de soltar Jamil Name será redistribuída

Habeas Corpus foi impetrado pela defesa de Name ainda na sexta-feira, após sua prisão na Operação Omertá

DAIANY ALBUQUERQUE
Empresário Jamil Name realizou o exame de corpo de delito no início da tarde de ontem - Foto: Valdenir Rezende

O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) Sideni Soncini Pimentel se declarou como impedido de julgar o habeas corpus impetrado pela defesa dos empresários Jamil Name e Jamil Name Filho e o pedido será redistribuído a outro profissional.

A informação é do advogado dos empresários, Renê Siufi. O habeas corpus foi ingressado pela defesa no final da tarde de sexta-feira (27), após a prisão deles durante a Operação Omertá, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial na Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e Grupo Armado de Repressão a Assaltos e Sequestros (Garras), além do Batalhão de Choque e da Polícia Federal.

A defesa não conseguiu confirmar se a decisão também abrange os dois policiais civis Vladenilson Daniel Olmedo e Márcio Cavalcanti da Silva, que também são defendidos por Siufi.

Pimentel foi designado para a decisão por ser o desembargado que está de plantão neste fim de semana no TJMS. A defesa, entretanto, não soube informar o motivo que levou o magistrado a se declarar como impedido no caso.

OPERAÇÃO OMERTÁ

O empresário e pecuarista Jamil Name, o filho dele, Jamil Name Filho, quatro policiais civis, quatro guardas municipais, um policial federal, um militar do Exército, um caseiro de propriedade rural e também profissionais do Direito foram presos na manhã de sexta-feira (27), em Campo Grande e no interior do Estado, em operação que combate milícia armada especializada em crimes de pistolagem, denominada Omertá. Ao todo, 19 pessoas estão presas em Campo Grande.

Os assassinatos de pelo menos três pessoas estão relacionados com o grupo de extermínio sob investigação: do policial militar reformado Ilson Martins Figueiredo, ocorrido em 11 de junho do ano passado; do ex-segurança Orlando da Silva Fernandes, em 26 de outubro de 2018; e do estudante de Direito Matheus Xavier, em abril deste ano.

Os crimes investigados pelos policiais do Garras e do Gaeco são de homicídio e corrupção ativa e passiva. Os responsáveis pelo inquérito também falam em uma “milícia armada”.


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