17/10/2023 às 18h25min - Atualizada em 17/10/2023 às 18h25min

Maioria dos vereadores 'salva' mandato da prefeita de Sidrolândia

MPMS investiga contratos da prefeitura supostamente firmados por fraudes; morador entrou com pedido de afastamento, mas propósito foi sepultado por 9 votos a 4

CELSO BEJARANO
Vanda Camilo, quando assumiu a prefeitura a primeira vez, interinamente, em janeiro de 2021; depois foi eleita para chefiar executivo municipal - DIVULGAÇÃO

A prefeita de Sidrolândia Vanda Camilo, do PP, está livre do pedido de afastamento do cargo que corria na Câmara dos Vereadores da cidade movido por um morador que o acusou por ela ter supostamente participado de um esquema de corrupção envolvendo contratos de empresas prestadoras de serviço e o município.

Por nove votos contra a quatro votos favoráveis, o propósito que poderia arruinar a carreira política de Vanda naufraugou de vez. 

O pedido de afastamento da prefeita foi feito no início deste mês por um morador da cidade, Alexandre Claudino Heck.

Heck, no pedido que fez, aponta a prefeita como suspeita de improbidade administrativa e ainda por obstrução de investigação.

Os vereadores também criaram uma CPI contra a prefeita, no dia 28 de julho passado para apurar supostas ações ilícitas implicando a prefeita. 

COMO FOI 

Entre os parlamentares que votaram contra o pedido de Heck contra Vanda Camilo rejeitaram o pedido de afastamento da prefeita, os vereadores Valdecir Carnevalli, do PSDB, Juscinei Claro, PP, Izaquei de Souza, do Patriota, Itamar de Souza, do União Brasil, Cledinaldo Cotócio, do PP, Elieu Vaz, do PSB, Gilson Galdino, do Rede, Otacir Pereira Figueiredo, o Gringo, indigena, do PP e Clayton Martins, do PSB. 

Votaram pelo afastamento da prefeita, mas foram derrotados, os vereadores Adavilton Brandão, do MDB, Clayton Martins, do PSB, Enelvo Júnior e José Ademir Gabardo, ambos do PSDB. 

Não votaram os vereadores Sandro Gonzales, do PSD e Cristina Fiuza, do MDB. Com seis votos, seguiria a CPI contra a prefeita. 

INÍCIO

Sustentou a criação da CPI investigações conduzidas pelo MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), por meio da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Sidrolândia, do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Geococ) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do MPMS,  

Na segunda quinzena de julho passado, o MPMS deflagrou a segunda fase da Operação “Tromper” [enganar], tendo como foco o cumprimento de quatro mandados de prisão e cinco de busca e apreensão. 

Conforme noticiou a assessoria de imprensa do MPMS, à época, o desdobramento das investigações, depois da primeira fase da Operação “Tromper”, identificou o "efetivo conluio entre empresas que participaram de licitações e firmaram contratos com a prefeitura de Sidrolândia, que somados chegariam a somas milionárias. 

Também se apurou, segundo o MPMS, a existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e desvio de dinheiro público, bem como o pagamento de propina a agentes públicos, inclusive em troca do compartilhamento de informações privilegiadas da administração pública. Depois da investigação, a prefeitura afastou os servidores implicados no esquema.

O pedido do morador não segue mais, desapareceu com a votação dos 9 a 4. Os vereadores, contudo, mantêm a CPI.

Material edital para atualização de informações às 17h00


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