22/12/2023 às 18h51min - Atualizada em 23/12/2023 às 00h00min

Empresa de infraestrutura CTESA aprova plano de recuperação judicial

Com aprovação do plano, companhia de quase 30 anos quer retomar os níveis históricos de faturamento, na casa de R$ 200 milhões anuais. A assessoria foi da consultoria Pantalica Partners e do escritório Galdino & Coelho

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Em recuperação judicial desde 2021, a empresa de construção pesada e de infraestrutura CTESA apresentou esta semana as condições para a quitação de todos os seus débitos. O plano estabelece, por exemplo, a liquidação de créditos trabalhistas (até 150 salários mínimos), de micro e pequenas empresas (até R$ 7 mil) e de credores quirografários (até R$ 20 mil) em 12 parcelas mensais subsequentes. Saldos maiores serão pagos com 36 meses de carência (principal e juros) e 12 anos de pagamento com bônus de adimplemento de 80% do valor do crédito.

O plano foi elaborado pela Pantalica Partners, especialista em gestão estratégica e uma das melhores empresas de restructuring e turnaround do Brasil, e prevê a possibilidade de um empréstimo DIP. Trata-se de uma modalidade nova no Brasil em que credores aceitam financiar a operação da recuperanda e, em contrapartida, passam na frente da fila para receber o que lhes é devido.

“O empréstimo DIP passou a ser permitido no Brasil com a nova Lei de Recuperação Judicial e Falência, introduzida em 2020. Trata-se de um instrumento fundamental para empresas em crise de liquidez, como costuma ser o caso daquelas que entram em recuperação”, diz Antonio Bruno Carvalho, sócio-diretor da Pantalica. “Esse empréstimo garante recursos para que a companhia mantenha suas operações. Do contrário, ela pode entrar em falência, o que não é do interesse de ninguém: nem da empresa, nem de seus funcionários ou credores, nem do próprio país”.

Grandes empresas em recuperação, como Americanas e Oi, recorreram este ano ao empréstimo DIP. A varejista obteve R$ 2 bilhões e a tele, R$ 1 bilhão. 

Com sede em Niterói (RJ), a CTESA foi fundada em 1992 e é responsável pela execução de obras – especialmente obras públicas – em diversas áreas do território nacional. A companhia afirma que obras paralisadas e reiterados atrasos de pagamentos, bem como condições adversas de financiamento, a levaram à recuperação judicial.


 

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