05/02/2024 às 12h54min - Atualizada em 05/02/2024 às 12h54min

Homem eletrocutado ao tentar furtar subestação e causar explosão recebeu choque de 130 mil volts

Tentativa de furto causou explosões e vários bairros de Campo Grande ficaram sem luz

Karina Campos , Clayton Neves

O homem que morreu durante a suposta tentativa de furto de fiação elétrica na Subestação Progresso, na Vila Progresso, em Campo Grande, teria sido eletrocutado com cerca de 130 mil kilovolt, nível de alta tensão. O valor representa mais de 130 mil vezes que a tensão da rede de uma residência de 220 volts. O local foi invadido durante a madrugada desta segunda-feira (5), causando incêndio e um curto-circuito.

Segundo o diretor de operações da , Helier Fioravante, a subestação é responsável por 10% de cargas da cidade. Apesar de cercado com grades, ter placas de aviso de risco e ser monitorado, a concessionária identificou a invasão e, logo, o curto-circuito.

“Ela trabalha com nível de tensão de 130 mil kv (kilovolt) e 13.8 kv. [Para comparar], é o mesmo que pegar 220 volts da rede de uma casa comum e fazer a proporção versus 138 mil volts. Esses 10% das cargas representam 48 mil unidades consumidoras que tiveram o abastecimento suspenso temporariamente, mas que foi reestabelecido com segurança”, descreve.

A unidade tem subestações móveis e backup para fazer a transferência de cargas. Segundo Fioravante, a subestação móvel foi acionada para realizar a transferência. Em breve, a unidade volta a operar com sistema normalizado.

“Infelizmente uma pessoa veio a óbito. Essas placas não estão ali à toa. É um ambiente estritamente controlado com acesso autorizado só de profissionais capacitados. Não tinha vigia, mas é um local monitorado 24h por videomonitamento. Em relação ao prejuízo e ao que aconteceu, vamos avaliar com mais clareza. A gente reforça o quanto é importante respeitar as placas de segurança fixadas nas subestações”.


Helier Fioravante, diretor de operações da Energisa (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Morte

A identificação do corpo será investigada pela  Civil. A perícia compareceu ao local. Inicialmente, foi identificado que a pessoa morreu eletrocutada e foi carbonizada.

O acidente causou um curto-circuito, com incêndio por volta das 4h30 desta madrugada. Os moradores chegaram a ficar temporariamente sem energia, mas foi normalizado após 2h.


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