25/06/2024 às 10h35min - Atualizada em 25/06/2024 às 10h35min

Fogo e fumaça tomam conta da BR-262 e comprometem visibilidade da rodovia

Ao longo da rodovia, é possível ver incêndios destruindo a vegetação, afugentando a fauna, matando animais e tornando a paisagem cinzenta

Na BR-262, a noite, o céu, ao invés de azul, ficou laranja, por conta das chamas do fogo alto - DIVULGAÇÃO

Fogo e fumaça tomaram conta da BR-262, no trecho entre Miranda-Corumbá, devido aos incêndios no Pantanal.

O fogo se alastrou de Corumbá, Porto Murtinho, Miranda e Forte Coimbra e atingiu dois lados da pista da BR-262.

Ao longo da rodovia, é possível ver incêndios destruindo a vegetação, afugentando a fauna, matando animais e tornando a paisagem cinzenta.

A fumaça compromete a visibilidade de motoristas nas estradas e deixa o céu nublado e cinzento. Em alguns trechos, é difícil de enxergar mais de 20 metros a frente pois a fumaça se camufla com o asfalto

Ao Correio do Estado, a assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que inexiste trechos interditados ou bloqueados na rodovia. 

A noite, o céu, ao invés de azul, ficou laranja, por conta das chamas do fogo alto. Veja o vídeo:

 

PANTANAL EM CHAMAS

Incêndios de grandes proporções atingem o Pantanal sul-mato-grossense desde 1º de junho. As queimadas transformaram cenários verdes e cheios de vida em paisagens cinzentas e mortes. O fogo destrói matas, áreas verdes, vegetações, florestas, biodiversidade e espécies nativas (fauna e flora) do Pantanal.

Dados do Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (Lasa), do departamento de meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apontam que 627 mil hectares s foram consumidos pelo fogo, entre dos dias 1º e 23 de junho de 2024.

O Pantanal Sul-mato-grossense teve o pior incêndio florestal da história em 2020, quando 1.580.000 hectares foram devastados pelo fogo de janeiro a dezembro.

De janeiro a junho de 2020, 245.950 hectares foram destruídos pelo fogo. No mesmo período de 2024, foram 627 mil hectares.

Portanto, isto significa que o incêndio no primeiro semestre de 2024 é pior do que o do mesmo período de 2020.

Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Polícia Militar Ambiental (PMA), Exército Brasileiro, Marinha do Brasil, Força Nacional, Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e outras brigadas voluntárias tentam controlar o fogo no Pantanal Sul-mato-grossense.

O governo de Mato Grosso do Sul decretou, nesta segunda-feira (24), situação de emergência em decorrência dos incêndios florestais no Pantanal. O decreto facilita o acesso a recursos extraordinários para enfrentar tal situação.

"Através desse decreto de emergência do Governo do Estado as portas estão abertas para os municípios solicitarem os recursos para o combate aos incêndios florestais. Importante que isso seja feito e que todos os prefeitos que precisem acionem o seu coordenador de Defesa Civil municipal para que ele faça a inclusão do município no sistema S2ID”, disse o coordenador-geral da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil de Mato Grosso do Sul, Hugo Djan Leite.

Simone Tebet destacou que foi importante a ação do governo de MS de decretar a emergência ambiental. “Isso nos abre a possibilidade de criar créditos extraordinários. Não vai faltar recurso ou orçamento para resolver. Agora, não há orçamento no mundo ou no Brasil que resolva o problema de consciência da população”, afirmou. 


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