27/02/2020 às 19h09min - Atualizada em 28/02/2020 às 00h03min

Ex-tenista afirma: "tivemos um dos anos mais legais da década"

Fábio Silberberg faz suas apostas para o ano de 2020 no esporte

DINO
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O ano de 2019 foi mais um período de recordes, grandes jogos e rivalidade no tênis mundial. No masculino, continuando com a hegemonia entre Rafael Nadal, Novak Djokovic e Roger Federer que trocaram títulos e se enfrentaram algumas vezes nas etapas finais dos torneios e no feminino, com quatro atletas diferentes ganhando os quatro Grand Slams - Naomi Osaka, Ashleigh Barty, Simona Halep e Bianca Andreescu - um grande equilíbrio na temporada.

Com esse cenário neste ano, o que se pode esperar de 2020? O ex-tenista e empresário Fabio Silberberg faz uma análise do nosso 2019 e traz apostas para o próximo ano.

1 - Como você resume o ano de 2019 para o tênis e quais são suas expectativas para 2020?

Com certeza 2019 foi um dos anos mais legais da década. Já sabíamos que veríamos muitas coisas dessa geração espetacular que temos e que foi muito além de qualquer outra geração. Federer, Nadal Djokovic são três jogadores que movem muito o mercado e sem houve uma pequena dúvida por quanto tempo seriam competitivos, mas eles já seguraram duas gerações com muitos nomes bons como Grigor Dimitrov, Marin Čilić, Kei Nishikori.

Mas o 2020 pode ser marcante, pois, de fato, a nova geração com Stefanos Tsitsipas, Dominic Thiem, Daniil Medvedev, já chegaram no nível dos três grandes. Devido a essas novidades e renovação tem tudo para ser um maravilhoso com os títulos se dividindo entre essa nova geração e mais antigos.

Mas, ao mesmo tempo, em um futuro um pouco mais distante, que mais preocupa os rankings e TV, é que os jogadores mais veteranos foram tão fantásticos que esse mais novos possam não fazer frente. Mas, o tênis está em boas mãos, podem demorar um pouco para virarem ídolos, mas devem atingir um grande potencial. A nova geração tem um compromisso e uma responsabilidade complicados, mas esse trio lendário ensinou muito.

Mas, no geral, 2020 deve mexer muito com o circuito.

2 - Como você vê o torneio olímpico de tênis de Tóquio? Quais suas expectativas para medalhas no masculino e feminino?

Sei o que significa, devido a bastidores, o que é o torneio olímpico de tênis. E entre Nadal, Djokovic e Federer só o espanhol tem a medalha olímpica. O título olímpico é uma estrelinha na carreira do tenista, e ajuda na medição com a carreira, pois assim se completa o Golden Slam.

Com isso dito, acho que os tenistas chegarão em Tóquio muito famintos, porque é tudo ou nada. Federer se ganhar talvez até anuncie a aposentadoria, então eles devem ir tão focados quanto um Grand Slam, ou até um pouco mais. No feminino, não vai ser tão forte quanto o masculino, mas, pode ser muito bom, nesse momento pós-domínio da Serena Williams. Qualquer uma que hoje estão entre as Top 20 do ranking pode ganhar.

3 - A Caroline Wozniacki acabou de anunciar sua aposentadoria tendo apenas 29 anos. Isso é um fenômeno com certa recorrência no tênis, com grandes atletas se aposentando bem novos. Por que acha que isso acontece? Essa ocorrência é maior no tênis feminino?

Acredito que para as mulheres é um pouco mais duro, principalmente para aquelas que querem formar uma família. E até porque decidir ser mãe com 35, 36 é mais complicado. O circuito feminino é mais difícil, pois é mais exigente e temos que lembrar que as atletas do leste europeu estão muito dominantes.

A Wozniacki, falando especificamente, foi muito jovem número um do mundo e por isso, pode até parecer cedo para a parada, mas isso é normal. Só em torneios ganhou ela ganhou US$ 35 milhões, qual a motivação que ela tem agora se está tudo mais difícil. Esteve entre as melhores do mundo por mais de 10 anos é carismática e bonita. Mas, ela tomou uma boa decisão. Após isso tudo, hoje ela é a número 37 do mundo, uma boa posição. A parada choca, mas é compreensível. Não tem mais nenhum aventureiro no topo do ranking é preciso muita concentração.

Então a maioria deve ter na cabeça, ou eu vou com tudo ou paro de jogar. Mas, completando, essa idade para é normal. Ana Ivanović, uma das grandes tenistas dessa também parou cedo, por exemplo.

4 -  A nova Copa Davis teve a Espanha campeã, mas o torneio recebeu muitas críticas. O que acha que pode ser feito para melhorar?

A Copa Davis necessitava algumas mudanças, o principal motivo para ter mudado é fazer os tenistas estarem presentes. Só que a forma de que foi feita não é a ideal - jogos eliminatórios em um lugar só traz vantagens aos donos da casa, por exemplo. Mas, acaba dando vantagem a um país diferente a cada torneio.

Outro ponto é que a final da Davis sendo depois do ATP Finals não privilegia os jogadores tops, devido a eles já terem jogado o circuito inteiro. Bom, algumas coisas tem que ser revistas, a forma não está definida, mas o caminho está traçado.



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