12/03/2020 às 09h35min - Atualizada em 12/03/2020 às 09h35min

Força-tarefa do RJ vem a MS contra lavagem de dinheiro do tráfico

Duas ordens de prisão e uma de busca serão cumpridas em Ponta Porã

Anahi Zurutuza
Policias civis do Rio de Janeiro no cumprimento de mandados (Foto: EPTV/Reprodução)

Força-tarefa da Polícia Civil do Rio de Janeiro está nas ruas do Rio e dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná contra pessoas envolvidas em lavagem de dinheiro do lucro obtidos pelo CV (Comando Vermelho) com o tráfico de drogas. De acordo com o jornal Extra, investigações apontam que o esquema movimentou R$ 147 milhões entre 2015 e 2019.

São ao todo 12 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão expedidos para a operação batizada Shark Attack 3 (ataque de tubarão, em inglês). Ainda conforme o Extra, antes das 7h (no horário de Mato Grosso do Sul), seis pessoas já estavam presas

Duas ordens de prisão e uma de busca, segundo o G1 do Rio, serão cumpridas em Ponta Porã – cidade vizinha a Pedro Juan Cabellero, no Paraguai, e a 323 km de Campo Grande.

Investigação – Segundo o Extra, esta é a terceira fase derivada de investigação da 19ª DP (Tijuca) que revelou o uso de empresas fantasmas ou fictícias em vários estados para regularizar recursos obtidos por meio da venda de drogas no Morro do Borel, na Tijuca, na Zona Norte do Rio.

Os sócios das empresas monitoradas levantaram suspeita porque tinham padrão de vida incompatível com a movimentação financeira das firmas, geralmente viviam em locais de baixa renda.

Num dos casos investigados, uma companhia recebeu 38 depósitos em espécie com valores entre R$ 50 mil e R$ 85 mil entre 1º de outubro de 2018 e 19 de março de 2019 – R$ 2.208.805 ao todo. Outra empresa teria recebido mais de R$ 3,5 milhões dos traficantes.

Dinheiro com cheiro de maconha – Ainda segundo a Polícia Civil, os depósitos chamaram atenção porque eram sempre feitos com notas de pequeno valor, mofadas, malcheirosas e úmidas, além de serem feitos em agências próximas às comunidades ou em localidades de rota de tráfico.

Lá atrás, a investigação começou após dois homens tentaram depositar, numa agência bancaria na Tijuca, R$ 99,6 mil em dinheiro que cheirava maconha. A gerência da unidade chamou a PM (Polícia Militar) naquele dia 28 de janeiro de 2019, os dois foram levados para delegacia e a partir daí, a polícia começou a fazer o rastreio da origem do dinheiro.


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