17/03/2020 às 08h52min - Atualizada em 17/03/2020 às 08h52min

Índios ocupam sala da Funai e expulsam coordenador estadual - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Protesto é contra a troca do responsável pela coordenação do órgão em Bonito - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Por Marta Ferreira | - CAMPO GRANDE NEWS
Nomeado há menos de 50 dias, sob protestos, o coordenador da Funai (Fundação Nacional do Índio em Mato Grosso do Sul, José Magalhães, foi alvo de novo protesto de índios na tarde desta segunda-feira. Grupo de 20 representantes de seis aldeias da etnia kadiwéu localizadas na Serra da Bodoquena marcou reunião com ele para reclamar da troca do coordenador de Bonito.

Como não houve acordo, a sala onde ocorria o encontro   foi ocupada pelos indígenas. O coordenador, conhecido como “Magalhães do Megafone”, foi expulso do préd - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

A reportagem tentou falar com ele, para saber, por exemplo, se houve alguma violência, mas o coordenador se negou. “Não tenho nada a declarar”, repetiu ao telefone.

Os índios exigem a volta de Miguel Jordão, que foi substituído por Fabio Lemes. A publicação da mudança foi feita no dia 9 de março no Diário da União, com validade desde 4 de março.

Em carta entregue ao coordenador estadual, os índios criticam a nomeação de Fábio Lemes, dizem que ele é ligado a grupos adversários da causa da demarcação de terras. Afirma, inclusive, não se responsabilizar pelo que pode acontecer com ele se continuar no cargo.


Uma das lideranças que participou da reunião, Edelson Fernandes, disse que a exoneração do coordenador anterior foi sem consulta às comunidades indígenas, o que provocou revolta.

De acordo com ele, a resposta do coordenador estadual foi de que Fabio Lemes é de sua confiança e será mantido na função. 

Edelson Fernandes, outro representante indígena, afirmou que o ato foi “sem vandalismo”.

“Estamos apenas solicitando nossos direitos”. O grupo disse que ficaria no local até ser atendido.

Além da coordenação de Bonito, também foram trocados, no dia 4 de março, os responsáveis pela Funai em Corumbá e em Campo Grande. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
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