08/10/2019 às 08h51min - Atualizada em 08/10/2019 às 08h51min

MS é o terceiro estado com menos animais abandonados no País

Estado tem cerca de 1,8 mil animais abandonados

Animais na ONG Cão Feliz - Foto: Foto: Divulgação

No ranking dos estados com mais animais sem um tutor definido, Mato Grosso do Sul está na frente somente do Piauí e Sergipe, ocupando a 25º colocação, segundo levantamento realizado pelo Instituto Pet Brasil (IPB). O Estado tem aproximadamente 1,8 mil animais entre cães, gatos, peixes, aves e répteis e pequenos mamíferos sob a tutela de organizações não governamentais (ONG) ou grupos protetores de animais.

De acordo com o IBP, esta parcela representa cerca de 1,1% da população total de animais ‘abandonados’ em todo o País, que é de 172 mil. O número para os cachorros chega a 165,2 mil e 6,8 mil são gatos. Os abrigos de médio porte destacam-se por tutelar mais de 89 mil animais, portanto, são responsáveis por mais de 52% da população de pets disponíveis para adoção. 

Desse número, seis pets são da Associação de Proteção Animal Sueli Craveiro Cão Feliz, que estão aptos para adoção, segundo a presidente fundadora da ONG, Kelly Macedo. A associação, que existe há quase seis anos e meio, tem atualmente sob sua tutela 115 cães de pequenos a grandes portes. “Nós resgatamos quando encontramos os cachorros e quando algumas pessoas pedem socorro a gente arruma uma vaga na ONG também”, disse ela ao Correio do Estado. Todos os animais estavam em situação de rua e recebem atendimento de um veterinário voluntário uma vez por semana. 

Dos 115 animais, 14 são os cães resgatados de uma fazenda na MS-040 no dia 23 de setembro. Uma pessoa soube da situação de maus-tratos e entrou em contato com a ONG Abrigo dos bichos, que, por sua vez,  fez a denúncia à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat). A delegacia então passou a investigar o caso e, junto com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e a ONG, fez o resgate.

O abrigo acolheu todos os animais, que, só no primeiro dia, comeram 30 kg de ração. De acordo com Joilson Ferreira, funcionário da fazenda, objetivo da criação e das cruzas dos animais era melhorar a genética dos animais comercializados como cães de caça. Os valores variavam de R$ 500 a R$ 2 mil.

Como não tinham espaço, a ONG que resgatou os cães entrou em contato com Kelly para que eles pudessem usar a Cão Feliz como lar temporário, até que conseguissem um tutor. O levantamento apurou a existência de 370 ONGs atuando na proteção animal. Dessas, 169, ou 46%, estão na região Sudeste, seguida pelas regiões Sul (18%), Nordeste (17%), Norte (12%) e, por fim, Centro-Oeste (7%). As de pequeno porte conseguem abrigar até 100 animais, as de médio porte, de 101 a 500, e as de grande porte abrigam mais de 501 animais.

DOAÇÕES

Para doar para a ONG é preciso ligar no número 9 9902-1903 e falar com a Kelly. A ONG, que tem sede própria, sobrevive de doações. “Nós estamos precisando de produtos de limpeza; ‘Kiboa’, desinfetante. Ração, muita ração e carne moída”, disse Macedo. Quem quiser adotar um dos animais, pode agendar uma visita, que acontece todos os sábados, das 13h às 15h. 

POPULAÇÃO PET

No Brasil, a população de animais é de cerca de 140 milhões entre cães, gatos, peixes, aves e répteis e pequenos mamíferos. A maioria é de cachorros, com 54,2 milhões e felinos, 23,9 milhões, num total de 78,1 milhões de animais. Desses, 5% são Animais em Condição de Vulnerabilidade (ACV), o que representa 3,9 milhões de pets.

Do total de ACVs, cães representam 69% - 2,69 milhões-, enquanto os gatos correspondem a 31% - 1,21 milhões. Eles são aqueles que vivem sob tutela das famílias classificadas abaixo da linha de pobreza, ou que vivem nas ruas, mas recebem cuidados de pessoas.


Não estão incluídos entre os ACVs, os animais abandonados, que são aqueles que vivem por um determinado tempo sem um tutor definido. A maioria dos abandonados vivem sob tutela de ONGs ou protetores que assumem a responsabilidade de manter esses animais e promover a adoção voluntária.

 

 

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