06/04/2020 às 09h34min - Atualizada em 06/04/2020 às 09h34min

Vendido sem ‘moderação’, uso de álcool 70 requer cuidado redobrado, orientam Bombeiros

Álcool com porcentagem maior requer mais atenção durante isolamento social devido ao risco de acidentes domésticos

Foto: Reprodução/TV Anhanguer
 

Durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a venda do álcool com concentração superior a 54% foi autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), porém, apenas na forma líquida. O produto, que é altamente inflamável, requer o dobro de cuidado, durante o isolamento domiciliar, segundo orientação do Corpo de Bombeiros de MS.

O tenente-coronel Fernando Carminati destaca que, assim como outros produtos de limpeza para uso doméstico, o álcool 70 deve ter cuidado rigoroso: por ser inflamável, pode provocar acidentes caso os usuários não tenham atenção redobrada durante a manipulação.

“Durante o isolamento as crianças estão em casa, sem aulas e com a curiosidade natural para a idade, pode levar a essas crianças a quererem manipular o álcool para brincadeiras com fogo, ou até mesmo a ingestão do liquido, por ter várias pessoas colocando o álcool em frascos diversos ao que é vendido. Assim, com o álcool e demais produtos de limpeza, alvejantes e desinfetantes, é importante ter um controle rigoroso com as crianças afim de evitar acidentes domésticos neste período de pandemia”.

A orientação para quem está em casa é fazer o uso da água e sabão para a limpeza e higienização das mãos em vez do álcool. No caso de fumantes, após o uso do produto gel ou líquido nas mãos, o ideal é aguarda a secagem total das mãos, para só depois acender o cigarro e não causar acidente. No caso dos fumantes, após o uso do álcool em gel ou líquido nas mãos, aguardar o seu total secamento, só após ter a certeza do secamento, então poderá fazer o uso do cigarro, evitando assim um acidente, pois caso não estejam as mãos totalmente secas, poderá ocorrer a ignição do álcool na mão, provocando queimaduras.

“A principal orientação é que somente se faça o uso de álcool em gel ou líquido, quando não houver a possibilidade de lavar as mãos com água e sabão. Caso não seja possível, utilize o álcool conforme preconizado pelas organizações de saúde, e não se aproxime ou faça a manipulação do produto próximo a fontes de calor, como um chama, cigarros entre outras, o que pode ocorrer uma explosão no produto, vindo a ocasionar graves queimaduras e até mesmo um incêndio”, finaliza o bombeiro.

As empresas produtoras de cerveja Bamboa e Moema, assim como os refrigerantes Refriko, iniciaram nesta sexta-feira (3) a venda de álcool em gel nos mercados do Estado. O produto foi produzido na própria fábrica com autorização da Ambev (Companhia de Bebidas das Américas) e controle do Corpo de Bombeiros.


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