13/04/2020 às 15h48min - Atualizada em 13/04/2020 às 15h48min

Prefeitura quer Forças Armadas nas ruas para ajudar no isolamento social

Ofício será encaminhado a Brasília para autorização e definição de prazos

Correio do Estado
 

A Prefeitura Municipal de Campo Grande em reunião com a Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso do Sul e demais entidades com objetivo de traçar planos para conter a disseminação do novo coronavírus na Capital, com duas mortes registradas, decidiram solicitar ajuda das Forças Armadas do Brasil, Exército, Aeronáutica, Marinha e Corpo de Bombeiros para ajudar na fiscalização do isolamento social que não está sendo respeitado na cidade. 

Segundo o prefeito Marcos Trad (PSD), a OAB/MS vai encaminhar um ofício à Brasília (DF) para autorização das forças nacionais com expectativa de resposta já para esta quarta-feira (14). Se aprovado, os militares estarão em todas as ruas da cidade, inclusive nos bairros,  orientando as pessoas que estiverem nas ruas a voltarem para suas casas. “Essas entidades fardadas impõem um grau de respeito e autoridade maior que os fiscais da prefeitura apenas com colete”, explicou o prefeito. 

A intenção bastante discutida na reunião é achatar a disseminação da Covid-19 mantendo o maior número possível de pessoas em casa. A prefeitura até instituiu o toque de recolher após às 22h, mas moradores das sete regiões da cidade estão descumprindo as normas. 

Segundo Trad, a cidade hoje precisa de fiscalização praticamente o dia inteiro, porque muitas pessoas estão saindo de casa, principalmente nos finais de semana. “A curva de desobediência nos finais de semana é muito grande, por conta da temperatura agradável para prática de esportes para as pessoas fazerem confraternizações, as pessoas tem desobedecido à ordem de isolamento”, disse. 

O prefeito ainda explicou que só a redução de número de pessoas nas ruas achata essa curva, uma vez que o sistema de saúde de Campo Grande, não está preparado para uma curva ascendente de casos. “Se crescer muito vai haver mortes do coronavírus sim, porque não tem sistema de saúde suficiente, isso no mundo inteiro”, contou. 

COMÉRCIO

Sobre como ficará a situação do comércio, Trad disse que agora não dá para avaliar a reabertura do comércio gradual com o número de casos porque está muito recente. “Só o tempo vai dizer o quanto isso influencia. Mas que não dá para dizer que essas mortes foram causadas por conta da reabertura do comércio, porque antes de abrir o comércio as vítimas já estavam doentes”, finalizou. 

O prefeito justificou que ainda não houve um grande aumento de casos para justificar o novo fechamento do comércio.


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