Uma mulher de 42 anos foi violentamente agredida e teve parte do nariz arrancado com uma mordida na madrugada desta quinta-feira (10) em Coxim – a 260 quilômetros de Campo Grande. O autor do crime foi o namorado, com quem ela se relacionou por 11 anos.
A vítima é transexual e contou que a discussão desta madrugada aconteceu por causa de uma viagem. “Ontem a gente teve uma discussão porque eu estava indo viajar para Três Lagoas e ele não queria que eu fosse", conta. "Eu ia pegar o ônibus às 3 horas, às 2 horas da manhã ele ligou, antes de eu viajar, porque ele queria me ver. No que eu fui lá ele começou a discutir comigo”, lembra.
Segundo ela, mais uma vez, tentou dissuadi-la da ideia de viaqjar e nova briga começou. Cansada da discussão, ela ameaçou contar sobre eles para a esposa do suspeito.“Ele não acreditou. Mas eu fui e contei para a mulher dele. No que eu estava saindo de moto, ele e um amigo dele chegaram”.
Os dois também estavam de moto e, para impedir a saída dela, diz a vítima, colidiram de frente com ela. Com o acidente, a mulher caiu. Conforme relata, ainda no chão começou a ser agredida pelo amante. Foram vários chutes na cabeça e golpes com o capacete pelo corpo, até que ela conseguisse levantar.
As agressões, no entanto, continuaram. “A mulher dele começou a gritar, mas ninguém socorria. Consegui correr e fui no portão de uma casa, bati, bati e a mulher conseguiu abrir para mim, mas ai ela fechou de novo quando viu aquela muvuca na frente a casa dela”. Descontrolado, o homem ainda mordeu e arrancou um pedaço do nariz da vítima.
Ela conta ainda que viu o amante correr para casa e voltar com um objeto na mão, nesse momento o amigo dele interviu na briga. Com isso, a mulher conseguiu escapar e correr até um hotel da região, onde ficou escondida até ser levada para o Hospital Regional Álvaro Fontoura. “Ele ligou para outra pessoa de moto e eles ainda ficaram me caçando na rua”.
Internada desde então, a vítima lembra que o ferimento no nariz não pode ser fechado, já que houve dilaceração por causa da mordida. Abalada com a situação, recebeu o apoio dos amigos e foi orientada a denunciar o suspeito. “Não é a primeira agressão. Ele me jogou do carro, fui em vaga zero para Campo Grande. Inflamou meu silicone, quebrou meu pé, mas voltei com ele ainda”, lamenta.