27/04/2020 às 10h31min - Atualizada em 27/04/2020 às 11h51min

Especialistas dão dicas de como continuar vendendo, mesmo com a crise do coronavírus

Pandemia global coloca o país em distanciamento social, mas empresas ainda podem continuar com suas vendas

DINO
https://pregaodeguerra.com.br/

A pandemia causada pelo novo coronavírus, que já infectou mais de 500 mil pessoas no planeta até o fechamento desta matéria, tem causado danos econômicos também, além de sanitários.

Para combater os efeitos do vírus, a recomendação da Organização Mundial de Saúde é que as pessoas pratiquem o distanciamento social. Na prática, isso significa ficar em casa, evitar contato com as pessoas, de modo a reduzir o avanço do vírus e manter o número de casos dentro de um limite controlável pelos hospitais e postos de saúde.

No Brasil, estuda-se a possibilidade de estabelecer quarentena oficial em algumas cidades ou estados, enquanto outros lugares cogitam outras maneiras de lidar com a situação.

Por causa disso, quem pode trabalhar de casa já está trabalhando e, quem não pode, notou uma queda considerável do movimento nas ruas, o que levou a uma preocupação sobre o futuro das empresas de todos os portes no país.

Afinal, como esses negócios se manterão de pé se as pessoas estão em casa sem consumir?

Enquanto o Governo e o Congresso debatem medidas de estímulo à economia para evitar o desemprego e a falência das empresas, alguns empresários estão tentando técnicas novas para manter o fluxo de vendas, mesmo durante a pandemia ou, no mínimo, acelerar a recuperação da movimentação econômica quando a crise passar.

É o que sugere Alexandre Jacques, consultor de vendas e fundador do Pregão de Guerra , uma metodologia inovadora que revolucionou o mercado de vendas automotivas no Brasil.

"O ideal nesse momento de dificuldade é que o empresário não se desespere e tente traçar estratégias em duas vertentes. A primeira é minimizar os impactos e tentar vender o máximo possível durante a quarentena, o que é bem difícil, mas possível. A segunda é estabelecer ações que ajudem a acelerar a recuperação econômica quando a crise passar", diz o especialista.

Segundo o especialista em vendas, alguns negócios terão mais facilidade para se adaptarem ao novo cenário comercial do que outros.
Claro, alguns negócios produzem bens e serviços que são essenciais durante o momento de pandemia e, por isso, terão um natural aumento de vendas e produção. Segmentos como sabonetes, detergentes, comida e venda de suprimentos médicos se encaixam nesse cenário.

Já outros negócios não conseguirão manter seus pontos de venda físicos sustentáveis, mas poderão encontrar uma alternativa no segmento de delivery.

"Hoje em dia, os aplicativos de delivery não entregam só comidas, apesar de ser o foco principal deles. Alguns apps trabalham com remédios, itens de limpeza, videogames e todo produto capaz de ser entregue por um motoboy pela cidade. Focar nessa área pode ser uma saída para, no mínimo, reduzir ao máximo o impacto da queda de vendas", revela o especialista.

Para quem não consegue vender por delivery, no entanto, a estratégia mais adequada é ser criativo e buscar novas formas de fazer a prospecção de clientes.

"Existem duas maneiras de conseguir clientes: a prospecção passiva, que é quando fazemos o máximo para atrair a pessoa até nosso ponto de venda. Essa alternativa está inutilizada durante a crise do coronavírus, claro. No entanto, também existe a prospecção ativa, que é quando o vendedor vai atrás do consumidor. Isso ainda pode ser feito", explica o fundador do Pregão de Guerra.

Segundo ele, ferramentas como o telefone e a Internet ainda são excelentes instrumentos de vendas para as empresas. No entanto, é necessário saber como usá-las.

"O Inside Sales, que é o termo usado para as vendas internas, quando o vendedor não vai até o consumidor fisicamente, mas entra em contato via telefone ou e-mail, é um instrumento poderoso, especialmente em uma época de crise. Para usá-lo adequadamente, é importante preparar o seu time, ensiná-lo como entrar em contato com os clientes, como valorizar o produto e como negociar com o consumidor pelo meio digital", explica o especialista.

No entanto, só ter o sistema de venda não ajuda muito se não houver estofo de comunicação por trás. Nessa hora, o especialista do Pregão de Guerra recomenda uma força-tarefa na comunicação digital para fortalecer a estratégia.

"A empresa precisa se comunicar no momento de dificuldade. É necessário ter um canal aberto com o cliente, seja para educar o mercado sobre o seu produto, seja para ressaltar a necessidade dos seus serviços nesse momento", diz.

A segunda estratégia para passar pela crise do coronavírus com os danos reduzidos é estabelecer um caminho para acelerar a sua recuperação econômica. No entanto, isso também tem a ver com o que é feito durante a quarentena.

"É clichê dizer que toda crise é uma oportunidade, mas os clichês existem porque estão cheios de verdade. De fato, toda crise é uma oportunidade. Nesse caso, as oportunidades são de Branding. As pessoas estão em casa assustadas, sem saber o que fazer. As empresas podem e devem tomar a frente nessa situação e investirem pesado em ajudar os seus consumidores nesse momento, o que criará um maior vínculo com eles, aumentará os seguidores nas redes sociais e dará maior estofo para qualquer ação futura. Depois que a crise passar, as pessoas lembrarão quem esteve com elas e recompensarão essas empresas com novas oportunidades de negócio", conclui o fundador do Pregão de Guerra.



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