07/05/2020 às 11h07min - Atualizada em 07/05/2020 às 11h07min

Restaurantes voltarão a funcionar sem restrições

Prefeitura prepara decreto que acabará com a limitação de 30% da capacidade dos estabelecimentos e deve ser publicado antes dos Dia das Mães, data importante para o setor

EDUARDO MIRANDA - www.correiodoestado.com.br
Esta churrascaria de Campo Grande já preparou seu salão para receber os clientes - Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado

Com a aproximação do Dia das Mães, data mais importante do ano para os restaurantes, a Prefeitura de Campo Grande vai retirar a maioria das restrições impostas aos estabelecimentos durante a pandemia do coronavírus. O município deve publicar nesta semana decreto que retira a limitação de 30% da capacidade dos estabelecimentos, mas mantém outras normas de biossegurança.  

“Estamos organizando um decreto que vai tirar a restrição de 30% [da capacidade], mas que manterá distância mínima de afastamento das mesas e das cadeiras, além de outras normas de biossegurança”, explicou o secretário de Meio Ambiente e Gestão Urbana, Luís Eduardo Costa.  

O Correio do Estado apurou que a prefeitura deve seguir normas adotadas em outras cidades e já previstas em regulamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como o espaçamento de 1 metro entre mesas e cadeiras, oferta de álcool em gel aos clientes, uso de máscaras quando os clientes não estiverem consumindo as refeições e estiverem fora de suas respectivas mesas, entre outras regras.

A decisão da prefeitura atende a pedido da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) da regional de Mato Grosso do Sul. Além do distanciamento de 1 metro, os proprietários de restaurantes de Campo Grande fizeram outras sugestões, como o uso de luvas ou máscaras pelos clientes enquanto servem nos restaurantes com serviço self-service. Atualmente, tal modalidade está proibida na cidade. O decreto vigente estabelece – além da restrição de capacidade – que as refeições sejam entregues nas mesas.  

A flexibilização já é comemorada em alguns estabelecimentos. Cristiano Rodrigo Parmesan, proprietário do Cupim de Ouro, espera que  com a liberação possa ter pelo menos 70% do movimento do ano passado. “Certamente, teremos mais movimento do que com as restrições atuais, mas também sabemos que muitas pessoas estão se resguardando, além do caso de muitas senhoras homenageadas no Dia das Mães integrarem o grupo de risco”, avalia o empresário.  

Cristiano conta que, depois que as medidas de isolamento social tiveram início, na segunda quinzena de março, a divisão do faturamento do estabelecimento mudou. “Antes, nossa receita era 80% presencial e 20% delivery. Hoje, a divisão é de 50% para cada segmento”, demonstra.  

IMPACTO

O setor de bares e restaurantes foi um dos mais atingidos pelas restrições para evitar a disseminação do coronavírus. “Apesar de Campo Grande ser uma das três capitais com autorização de abertura dos restaurantes, a maioria dos estabelecimentos continua fechada por inviabilidade econômica”, explica Juliano Battistel Kamm Wertheimer, presidente da Abrasel-MS.  

Ele acrescenta que, desde que as restrições foram impostas, 3 mil pessoas foram demitidas no setor. “Além disso, 80% dos estabelecimentos recorreram à suspensão do contrato ou à redução da jornada”, acrescenta.  

O presidente da Abrasel no Estado ainda ressalta que, para os restaurantes especializados em almoço, o Dia das Mães é a data com maior faturamento no ano, assim como é o Dia dos Namorados (outra data que se aproxima) para restaurantes cuja especialidade é o jantar.


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