12/05/2020 às 08h23min - Atualizada em 12/05/2020 às 08h23min

Feijão e pão puxam alta no preço da cesta básica de abril

Conjunto de alimentos básicos para atender uma família ficou R$ 63 mais caro no mês

 

Depois de registrar retração em fevereiro (-2,75%) e alta de 6,74% em março, a cesta básica de Campo Grande teve o sétimo maior percentual de aumento entre as capitais do Brasil no mês de abril, com alta de 4,46%. Entre os produtos que puxaram o aumento do conjunto de alimentos no mês passado estão o feijão carioquinha, pão francês e café.

A pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgada nesta segunda-feira (11), aponta que a cesta individual teve custo de R$ 495,60, aumento de R$ 21,07 em relação ao valor desembolsado para aquisição dos alimentos no mês de março, que foi de R$ 474,53.

A alta foi puxada pelo aumento nos preços do feijão carioquinha (37,73%), pão francês (17,66%), café em pó (9,18%), leite integral (7,65%), óleo de soja (5,32%), tomate (5,12%), manteiga (4,46%), farinha de trigo (3,94%), açúcar (3,38%), carne bovina de primeira (1,50%) e arroz agulhinha (0,65%). Já as deflações foram observadas nos preços da batata (-16,72%) e da banana (-11,26%).

No acumulado do ano, a cesta básica vendida em Campo Grande acumula alta de 10,13%. Apesar da cesta de Campo Grande ter tido a maior variação percentual no mês, o conjunto de alimentos da Capital foi o 8º mais acessível em reais.  

O conjunto de alimentos necessário para alimentar uma família, composta por dois adultos e duas crianças, também apresentou aumento no quarto mês do ano. Foram necessários R$ 1.487,07, aumento de R$ 63,48 na comparação com os gastos percebidos por uma família em março.

NACIONAL

Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos indicam que os preços do conjunto de alimentos básicos aumentaram em 16 capitais em relação a março. São Paulo registrou a cesta mais cara do País (R$ 556,25), alta de 7,28% em relação a março. 

O menor valor para uma cesta individual foi registrado em Aracaju, onde o conjunto básico de alimentos custou R$ 401,37. Com base na cesta de maior valor, ou seja, São Paulo, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 4.673,06, ou 4,47 vezes o mínimo vigente de R$ 1.045,00.

 Em abril de 2020, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 101 horas e 44 minutos. 


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