17/10/2019 às 08h50min - Atualizada em 17/10/2019 às 08h50min

Jamil Name e filho são acusados de tráfico de armas, milícia privada, corrupção ativa e extorsão

Promotor do Gaeco ofereceu nova denúncia contra suposta organização criminosa

 

Os promotores do Grupo de Atuação Especial na Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) denunciaram nesta semana Jamil Name, Jamil Name Filho e vários policiais civis, guardas municipais, um militar do Exército, um policial federal, e outras pessoas presas na Operação Omertá, por integrarem organização criminosa armada. Name e o filho foram enquadrados em vários crimes previstos na legislação, como a constituição de milícia privada, corrupção ativa, extorsão e tráfico de armas de fogo.

Name, Name Filho, e os denunciados Marcelo Rios, guarda municipal, e os policiais Vladenilson Daniel Olmedo e Márcio Cavalcanti da Silva, estão presos no presídio federal. Também estão entre os acusados pelo Ministério Público, Luís fernando da Fonseca, Eronaldo Vieira da Silva, Igor Cunha de Souza, Rafael Carmo Peixoto Ribeiro, Robert Vitor Kopetski, Rafael Antunes Vieira, Flávio Narciso Morais da Silva, Alcinei Arantes da Silva, Andrisson Correia, Eltom Pedro de Almeida, Elvis Elir Camargo Lima, Frederico Maldonado Arruda, Euzébio Jesus de Araújo, Everaldo Monteiro de Assis, Juanil Miranda Lima e José Moreira Freires.

Dentre os 21 denunciados, somente Juanil Miranda Lima e José Moreira Freires, apontados como os pistoleiros da organização criminosa, não estão na prisão. O paradeiro deles é incerto.

A denúncia do Gaeco contra a suposta organização criminosa tramita em segredo de Justiça, ao contrário das outras investigações contra o grupo. Os promotores voltam a ligar a milícia armada a pelo menos quatro execuções ocorridas em Campo Grande desde o ano passado: a do segurança da Assembleia Legislativa, Ilson Martins Figueiredo; a do comerciante Marcel Hernandes Colombo, o “Playboy da Mansão”; do ex-segurança do narcotraficante Jorge Rafaat, Orlando Silva Fernandes, o “Bomba”; e do estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier, o crime mais recente, ocorrido em abril último e por engano: o alvo era o pai dele, o capitão da Polícia Militar, Paulo Roberto Xavier.

Outras execuções são citadas na denúncia, como a de Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o Betão, executado em 2016, em Bela Vista, e de Cláudio Rodrigues de Oliveira, o “Meia-Água”, executado em São Paulo, em 2015. O assassinato do delegado e professor universitário, Paulo Magalhães, ocorrido em 2013, também é citado durante a argumentação do Ministério Público. 

A denúncia é assinada pelos promotores Tiago di Giulio Freire, Gerson Eduardo de Araújo, Marcos Roberto Dietz, Thalys Franklyn de Souza e Cristiane Mourão Leal Santos. 

POLICIAIS ENVOLVIDOS

Agora, os promotores trabalham para juntar provas e denunciar os acusados de participação dos homicídios supostamente praticados pelo grupo. Na mesma denúncia, o Gaeco ainda pede a decretação da perda dos cargos dos guardas municipais Alcinei Arantes da Silva, Eronaldo Vieira da Silva, Flávio Narciso Morais da Silva, Igor Cunha de Souza, Marcelo Rios, Rafael Antunes Vieira, Rafael Carmo Peixoto Ribeiro e Robert Vitor Kpetski. 

O mesmo pedido, de perda dos cargos, também é feito em relação aos policiais civis Elvis Elir Camargo Lima, Frederico Maldonado Arruda, Marcio Cavalcanti da Silva, e Vladenilson Daniel Olmedo, e ao policial federal Everaldo Monteiro de Assis. 

MILITAR DO EXÉRCITO


A 9ª Região Militar solicitou ao juiz Marcelo Ivo uma cópia do material em que figura o soldado reformado do Exército Andrison Correia, apontado como corréu em uma das ações criminosas. O material será usado para instruir procedimento administrativo (Conselho de Disciplina) contra ele, que já foi denunciado em dois processos, por crimes de organização criminosa e obstrução da Justiça. Em outra acusação, é citado por organização criminosa armada, milícia armada, corrupção de agentes públicos e extorsão.

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