15/06/2020 às 11h59min - Atualizada em 15/06/2020 às 11h59min

Entenda a prisão de Sara Winter e seu movimento antidemocracia

Militante bolsonarista foi detida em inquérito no STF que apura atos antidemocráticos; PF quer investigar qual a origem do financiamento do "300 do Brasil"

Sara Winter ao centro: militante está acampada desde 1º de maio no estacionamento do Ministério da Justiça, em Brasília (Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo)

A militante bolsonarista Sara Winter foi presa preventivamente na manhã desta segunda-feira, 15, no âmbito do inquérito que investiga a realização e o financiamento de atos antidemocráticos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional. 

A autorização veio do relator do caso, o ministro do STF Alexandre de Moraes. Esse inquérito em questão não tem relação com o das fake news, que também é relatado por Moraes. A ativista já foi alvo de busca e apreensão nesta outra investigação.

 

A prisão de Winter acontece dois dias depois que o grupo liderado por ela, o chamado “300 do Brasil“, grupo de inspiração militar que apoia o presidente Jair Bolsonaro, lançou fogos de artifício contra o prédio do STF em Brasília. Outros cinco pedidos de prisão foram feitos, também de ativistas do mesmo grupo. Todos os mandados foram apresentados na última sexta-feira, 12, e são temporários, ou seja, têm duração de cinco dias.

De acordo com nota divulgada pelo Ministério Público Federal, há indícios de que o grupo continua organizando e captando recursos financeiros para ações que se enquadram na Lei de Segurança Nacional (leia mais abaixo). O objetivo das prisões, diz o órgão, é ouvir os investigados e reunir informações de como funciona o suposto esquema criminoso.


O ataque ao STF aconteceu no último sábado, 13, depois que o governo do Distrito Federal removeu o acampamento do grupo, por conta das medidas restritivas decretadas durante a pandemia do novo coronavírus. O “300 do Brasil” se instalou no estacionamento do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, no Eixo Monumental, em Brasília, em 1º de maio e, desde então, vêm participando de atos em apoio ao presidente da República.

Recentemente, em entrevista à BBC News, Winter disse que os membros guardavam armas no acampamento para segurança. A revelação fez o Ministério Público do DF entrar com pedido para remover os ativistas. Há um mês, eles vinham travando uma disputa judicial com o órgão para permanecer no local. 


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