19/06/2020 às 15h27min - Atualizada em 19/06/2020 às 15h27min

Primeiro indígena morto pelo coronavírus é enterrado em aldeia em MS

Vítima foi enterrada em cova feita pelo próprio filho

Foto: Marcos Morandi/Jornal Midiamax

Foi confirmada a primeira morte de um indígena causada pelo coronavírus em Mato Grosso do Sul. Evaristo Garcete, de 59 anos, morava na Reserva Indígena de Dourados e faleceu na quinta-feira (17). Ele foi enterrado nesta sexta-feira (19), em uma cova feita pelo próprio filho. 

Evaristo tinha diabetes e estava internado desde o dia 7 de junho no Hospital Evangélico. Ele pertencia à etnia Guarani Kaiowá. A reserva onde morava é um dos focos da pandemia do coronavírus em Dourados. 

Segundo informações apuradas pelo Jornal Midiamax, Evaristo foi sepultado nesta manhã, em uma cova feita pelo filho mais velho, dentro da Aldeia Bororó. O filho dele, Everton, contou ao Midiamax que o pai foi morto por uma doença invisível. Segundo ele, mesmo sabendo dos riscos, é difícil manter os indígenas isolados nas aldeias.

“Eu cheguei a desacreditar da doença. Mas com o passar dos dias vimos as mudanças acontecendo e a gente viu que era sério, só que é difícil se manter isolado da cidade. Não é todo dia que a gente tem dinheiro para comprar um fardo de frango e ficar de quarentena”, lamenta.


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