27/07/2020 às 08h28min - Atualizada em 27/07/2020 às 08h28min

Mandetta ainda precisa construir vaga para 2022

Correligionários de ex-ministro em Mato Grosso do Sul apoiam seu nome para Presidência

Luiz Henrique Mandetta disse que quer concorrer a presidência - Foto: Divulgação
 

Confiantes com o destaque do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), enquanto estava à frente da pasta e no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), lideranças do partido em Mato Grosso do Sul apoiam o nome do correligionário para disputar a Presidência do Brasil, mas alertam que o colega tem muito o que percorrer para representar a sigla em nível nacional.

Na semana passada, Mandetta afirmou que pretende concorrer ao Planalto nas próximas eleições gerais. A declaração foi feita durante entrevista na Band News na quarta-feira (22). 

“Em 2022 eu vou estar na praça pública, lutando por algo que eu acredito. Se o Democratas acreditar na mesma coisa, eu vou. Se o Democratas achar que ele quer outra coisa, eu vou procurar o meu caminho. Eu vou achar o caminho, como candidato ou carregando o porta-estandarte do candidato em que eu acreditar. Mas que eu vou participar das eleições, eu vou”, disse.

Procurados pelo Correio do Estado, lideranças do DEM-MS apoiam o nome do ex-ministro, mas ressaltam que outros nomes do partido têm destaque nacional, como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o prefeito de Salvado e presidente nacional da sigla, Antonio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto.

“Eu acho que tem que ser um caminho a ser construído, uma pré-candidatura para ele se consolidar precisa ser construída. É bom que o partido tem o Mandetta colocando nome dele à disposição, mas é um longo caminho, até porque tem outros nomes como ACM Neto, Rodrigo Maia, Tereza Cristina, Alcolumbre. Eu penso que Maia é um nome muito forte, mostra essa disposição. O ACM Neto também, ele é prefeito de Salvador com gestão destacada. Qualquer um desses precisa construir com outros aliados”, destacou o deputado estadual José Carlos Barbosa, o Barbosinha, citando ainda o nome da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre.

Em pesquisa feita durante os dias 18 e 21 deste mês pelo Instituto Paraná, Mandetta aparece com 5,7% das intenções de voto entre os candidatos apresentados pelos entrevistadores. 

O índice é maior que o do atual governador de São Paulo, o tucano João Doria (4,6%), e do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), com 0,9%. 

O número é menor que o da pesquisa feita em abril, logo após sua saída do ministério da Saúde; o levantamento feito entre 27 e 29 daquele mês mostrou Mandetta com 6,8%.

O presidente do partido no Estado e vice-governador, Murilo Zauith, afirmou que apoia o nome de Mandetta para a Presidência em 2022 e afirmou que todos devem fazer o mesmo. 

“Isso é histórico no Estado, ter um nome à Presidência. Lógico que apoio, temos obrigação de apoiar, todo sul-mato-grossense. Ele tem que construir com o DEM Nacional. Na política tudo tem que ser construído. Estamos passando por uma crise nessa pandemia e ninguém tem noção para 2022”.  

O deputado estadual Zé Teixeira afirmou que o ex-ministro fez um bom trabalho no governo federal e precisa articular não apenas dentro do partido, mas também com aliados. 

“Mandetta é uma pessoa superinteligente, preparado e demonstrou isso no ministério. Ele é meu amigo e do DEM; se ele for candidato eu aprovo e torço. O Mandetta se destacou porque teve um período no Ministério da Saúde, ele é inteligente e entende do assunto. O DEM tem outros nomes, mas [ele] é amigo do Rodrigo Maia, do Neto, precisa articular”, afirmou Teixeira.  

Recém-filiado ao DEM, o secretário municipal de Finanças, Pedro Pedrossian Neto, também elogiou o nome do correligionário, mas destacou que ainda tem muito tempo para as eleições de 2022. 

“Eu acho que é muito cedo para fazer essa discussão. Estou filiado ao DEM, acho que ele é um ótimo nome, nome da terra; teria meu apoio, lógico”.

Saúde

Ex-deputado federal, Luiz Henrique Mandetta assumiu o Ministério da Saúde na gestão de Jair Bolsonaro no dia 2 de janeiro de 2019 e permaneceu até 16 de abril de 2020, quando foi exonerado pelo presidente após divergências com relação ao enfrentamento à Covid-19.


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