17/10/2020 às 12h24min - Atualizada em 17/10/2020 às 12h24min

Com sucessivos recordes, MS sustenta potencial para sojicultura

Com sucessivos recordes, MS sustenta potencial para sojicultura

Mato Grosso do Sul chega aos seus 43 anos em uma posição privilegiada quando o assunto é potencial agrícola. Com um histórico de sucessivos recordes na safra de soja, em 30 anos, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estado cresceu 150% em área, 135% em produtividade e 437% na produção. 

Na temporada 2019/2020, a área plantada do grão foi de 3,389 milhões de hectares, com produtividade média de 55,7 sacas por hectare, o que conferiu produção total de 11,3 milhões de toneladas. Em sete anos, a produção cresceu 85,14%, a área plantada 55,46% e a produtividade 19,27%.
 
A estimativa é que Mato Grosso do Sul registre índice de crescimento de área cada vez maior.

 “Um avanço que demonstra o quanto os produtores estão adotando novas tecnologias no campo, e que há uma mudança do uso do solo, por meio da entrada da sojicultura em áreas anteriormente ocupadas com pastagens, muitas com algum nível de degradação. Essa situação reafirma a sustentabilidade no processo de expansão da cultura”, afirma a analista técnica do Sistema Famasul, Tamíris Azoia.
 
Considerando eventuais intempéries, para o primeiro momento, a previsão de produtividade média é de 53 sacas por hectare com produção de 11,5 milhões de toneladas.
 
Exportação
 
Em 2019, o estado exportou 3,2 milhões de toneladas e registrou receita de U$ 1,1 bilhão, números que dão o 7º lugar no ranking nacional de exportação. Para se ter uma ideia, a comercialização do último ciclo alcançou 98% e da safra 2020/2021 já foi vendido 51,45%.
 
“Os dados são justificados com o aumento substancial do principal cliente sul-mato-grossense, a China. Refletem o impasse comercial entre o país asiático e os Estados Unidos, e rendem números expressivos também para o Brasil, com 124 milhões de toneladas de oleaginosa”, explica a analista técnica, Bruna Dias.
 
Mesmo com tantas incertezas provocadas pelo período de pandemia, a projeção é positiva para a safra 2020/2021 de soja no estado. No comparativo de janeiro a setembro de 2020 com o mesmo período do ano passado, o preço do grão valorizou 40%.

 “Embora existam efeitos negativos do vírus, os produtos agropecuários são base na hierarquia de necessidades da população e por isso existe a sustentação da demanda doméstica. O mercado externo continuará aquecido, motivado pelo percentual comercializado até o momento”, explica.


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