19/12/2020 às 10h36min - Atualizada em 19/12/2020 às 10h36min

"Temos equipamentos, mas faltam médicos", diz secretário de Saúde sobre abertura de leitos

Secretário de Saúde disse que há processos seletivos abertos, mas profissionais não se apresentam

Glaucea Vaccari - correiodoestado.com.br
Leitos abertos no Pênfigo já foram ocupados - Foto: Arquivo

A falta de leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) continua preocupando a Secretaria Estadual de Saúde (SES), em meio ao aumento de casos e internações por Covid- em Mato Grosso do Sul.

Secretário de Saúde, Geraldo Resende, reafirmou que o governo já chegou ao limite da expansão de leitos e que o principal problema é a falta de recursos humanos.

“Felizmente a época da falta de ventiladores pulmonar, de monitor, de bomba de infusão, de insumos passou. Temos em quantidade suficiente, agora nos faltam espaços em hospitais e profissionais da área da saúde”, disse.

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O número de internações teve aumento de mais de 80% em menos de um mês e os hospitais já operam na capacidade máxima de atendimento.

São 468 pessoas internadas em hospitais públicos e privados do Estado para tratamento da Covid.

“Se levarmos em consideração o que a literatura diz - que de cada 100 casos, cinco irão precisar de internações, sejam leitos clínicos ou de UTIs -, infelizmente nós não vamos ter esses leitos, chegamos na nossa capacidade máxima e fizemos tudo o que foi preciso em Mato Grosso do Sul”, afirmou o secretário.

Outro problema enfrentado pelo sistema de saúde é que as internações por Covid-19 costumam durar semanas e, em alguns casos, meses, o que diminui ainda mais a rotatividade de leitos.

Devido a falta de UTIs, há pacientes que aguardam vagas nas alas vermelhas dos hospitais.

“Muitos estão internados, alguns entubados, aguardando por uma vaga, que às vezes libera porque pessoas foram a óbito”, reafirmou Resende.

Para tentar suprir a falta de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais que precisam estar nas UTIs para o manejo dos pacientes, a SES abriu processos seletivos, mas a procura é baixa, segundo Resende.  

“Temos processo em andamento de contratação temporária, mas abre 60 vagas, aparece 40 e dos 40 que se apresentam para o trabalho, alguns desistem ao longo da jornada que é muito exaustiva”, explicou o secretário.

Nesta sexta-feira (18), Mato Grosso do Sul ultrapassou a marca de duas mil mortes por Covid-19, com 16 óbitos nas últimas 24 horas.  

Também foram confirmados 1.076 novos casos novos, totalizando 119.079 desde o início da pandemia. Deste total, 102.309 estão sem sintomas e já estão recuperados e 14.761 estão ativos.

“Nós precisamos frear esse crescimento. Faltam 15 dias para terminar 2020, janeiro pode ser o mês mais crítico, e talvez o pior mês do Brasil e de Mato Grosso do Sul, se não tivermos a colaboração de todos”, concluiu o secretário de Saúde


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