28/12/2020 às 11h53min - Atualizada em 28/12/2020 às 11h53min

Brasil deve cair mais uma posição para 13ª entre as maiores economias em 2021

Brasil deve cair mais uma posição para 13ª entre as maiores economias em 2021

Exportação da commodity Foto: Paulo Whitaker/Reuters

O Brasil cairá mais uma posição na liga das maiores economias do mundo em 2021. A previsão é da consultoria britânica CEBR que divulgou o estudo anual sobre as perspectivas da economia global. O estudo indica que o Brasil será ultrapassado pela Austrália e, assim, deve terminar o ano que vem como a 13ª maior potência econômica.

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A queda do Brasil é resultado da expectativa de que a recuperação doméstica será menos vigorosa que o visto em outros países: a consultoria britânica prevê crescimento econômico brasileiro de 3,3% em 2021. O ritmo é inferior à expectativa para a Austrália, que deve ter expansão de 3,5%. Por isso, australianos devem ultrapassar os brasileiros

Além disso, a CEBR aponta para problemas estruturais que pioram o desempenho da economia brasileira. “Um problema que vai afetar o mercado de trabalho do Brasil que emerge no pós-Covid nos próximos anos é a fraca produtividade”, destaca o documento de 240 páginas. Para os economistas britânicos, a baixa produtividade do brasileiro é resultado do ambiente pouco amigável para os negócios e também é fruto do sistema tributário distorcido. 

O Brasil já brilhou nesse ranking anual britânico. Em 2011, o estudo da CEBR mostrava pela primeira vez o Brasil como sexta maior economia do mundo à frente do Reino Unido. O tema foi manchete de todos os principais jornais britânicos naquele ano. 

Em 2011, o Brasil era beneficiado com a alta de preços das commodities exportadas pelo país – como soja e minério de ferro, o que serviu de motor para o crescimento da economia brasileira no pós-crise de 2008. Os números eram ainda beneficiados pela valorização do real, o que aumentava ainda mais o tamanho da economia quando convertida para dólares. 

Mas, desde então, a situação mudou drasticamente. “O Brasil tem visto considerável instabilidade econômica e política desde a profunda recessão de 20215 e 2016. Além disso, a economia brasileira já estava em uma frágil situação antes da pandemia do coronavírus, com limitado espaço fiscal”, destaca a consultoria CEBR.


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