06/12/2019 às 08h34min - Atualizada em 06/12/2019 às 08h34min

Servidores da Agepen superam limites e concluem 2º Curso de Intervenção Prisional e Escolta

Servidores da Agepen superam limites e concluem 2º Curso de Intervenção Prisional e Escolta

“Pude me conhecer melhor como pessoa e superar os meus limites, sei que posso contribuir ainda mais com o Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul”. A declaração emocionada é do agente penitenciário Welinton de Andrade Jara, um dos concluintes do 2º Curso de Intervenção Prisional e Escolta (CIPE), capacitação com alta exigência técnica, física e psicológica.

Ele e outros 15 servidores penitenciários agora estão aptos a integrar o Comando de Operações Penitenciárias (COPE), que atua como força de reação da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), para o qual é exigido elevado nível técnico. A intenção é que eles componham o quadro do comando de forma gradativa e conforme necessidade administrativa. Além deles, dois guardas civis metropolitanos participaram do treinamento.

Promovida pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e da Agepen, a capacitação foi realizada em regime de internato e treinamento intenso. Ministrada pela Escola Penitenciária (Espen), com o auxílio do COPE, a realização do curso contou com apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Corpo de Bombeiros Militar, Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Segundo o diretor da Espen, Vilson Guedes, o curso envolveu aulas teóricas e práticas em disciplinas como: intervenção tática prisional; gerenciamento de crises; atendimento pré-hospitalar tático; armamento e tiro; técnicas e tecnologias não letais; vigilância de muralhas; escolta armada; segurança administrativa, entre outras. Os alunos também tiveram que passar por avaliação e alcançar pelo menos a média 7,0.

 

 

A solenidade de encerramento foi realizada na manhã desta quinta-feira (5.12), na Penitenciária Masculina da Gameleira, e contou com a presença de autoridades e familiares dos concluintes, que se emocionaram com a satisfação de verem os alunos superarem seus limites e concluírem o curso.

“Estou explodindo de orgulho, por ver que criei um homem de bem, esforçado e que luta pelo que é certo, dando exemplo para os filhos dele”, declarou a mãe de Welinton, Margarete Jara, resumindo o sentimento de esposas, pais e filhos que tiveram que aguentar a saudade dos alunos durante os 18 dias de curso.

O comandante do COPE, João Bosco Correia, que também atuou como instrutor no 2º CIPE, enfatizou que a conclusão do curso é uma prova que são “verdadeiros lutadores”. “A palavra que tenho para resumir é superação, pois não é fácil concluir o curso, com muitas exigências desde o primeiro ao último dia”, disse. “Garanto que esses valorosos profissionais estão preparados para integrar o Comando de Operações Penitenciárias”, finalizou seu discurso.


Para o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, essa conquista representa uma evolução para o sistema prisional de MS. “Buscamos qualificar nossos servidores, mas nada disso seria possível se não tivéssemos pessoas dedicadas. Hoje a Agepen tem profissionais que são referência no país, inclusive ministrando cursos em outros estados”, ressaltou, em menção aos instrutores do CIPE, em sua maioria agentes penitenciários do COPE. “Nosso trabalho não é simples, é de muita complexidade, mas temos servidores esforçados e a conclusão de mais este curso é um exemplo disso”, destacou.Única mulher a concluir a qualificação, a agente Brunna Dias Marques Chagas também usou a palavra superação para definir o que viveu, uma experiência que levará para o resto da vida. “Não tem como descrever o que passamos nesses 18 dias, descobri até onde vai meu limite, pois houve momentos em que estávamos muito esgotados e abalados, com vontade de ir embora, mas nos agarramos na união do grupo para vencer”, afirmou. “Tenho que agradecer os instrutores, muito minuciosos, zelosos e dedicados, sem nos colocar em situação de risco, mesmo com a alta exigência”.

Também participaram do enceramento, o diretor do Presídio Federal de Campo Grande, Rodrigo Almeida Morel e o comandante da Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande, Anderson Gonzaga, além de representantes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, dirigentes da agência penitenciária e diretores de unidades penais da capital.

 

Texto: Keila Oliveira e Tatyane Santinoni – Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen)

Fotos: Tatyane Santinoni


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