26/02/2021 às 14h46min - Atualizada em 26/02/2021 às 14h46min

Funcionários da Coeso fazem greve em Aquidauana e Dois Irmãos contra o atual presidente

Funcionários da Coeso fazem greve em Aquidauana e Dois Irmãos contra o atual presidente

O Pantaneiro
Foto: Foto: Samara Souza

Funcionários da Coeso (Cooperativa de Energização e Desenvolvimento Rural do Sudoeste Sul-Mato-Grossense) iniciaram greve nesta sexta-feira (26), em Aquidauana e Dois Irmãos do Buriti, em manifesto contra a postura do atual presidente, Edson Gonçalves Matos, o Edinho. Edinho, no entanto, alega que a greve tem interesse político, em razão das eleições da diretoria que acontece no dia 27 de março.

Por conta desta greve, não haverá atendimento nas unidades, contudo, os plantões continuam ativos para casos de emergência. Os trabalhadores não pontuaram detalhes da motivação do protesto, mas alegaram que o presidente “não se comporta como tal”.

Segundo os trabalhadores, o pivô dos protestos tem acusado funcionários de desvio de materiais, tanto que alguns deles vão registrar boletim de ocorrência contra a falsa acusação. O presidente também é criticado por não seguir a liturgia do cargo e abrir mão de prestar apoio aos trabalhadores, que recentemente perderam ajuda de custo.

“Não é por atraso no pagamento de salário nem nada, é por descontentamento de 100% dos trabalhadores com o atual presidente”, disse um funcionário. “Não tem ética, não age de boa fé e nos sentimos desrespeitados”, completou outro.

Durante a pandemia, os trabalhadores perderam algumas ajuda de custo e Edinho teria sido o único a manter sua própria remuneração, o que teria gerado discussão. Além disso, todos os colaboradores ouvidos pelo O Pantaneiro alegaram terem participado das manifestações de livre e espontânea vontade.

Os funcionários estão preocupados com o futuro da cooperativa, pois o atual presidente está pleiteando a reeleição ao cargo.

O que diz o presidente

Edinho disse ao jornal O Pantaneiro que houve um racha na atual diretoria e que desde então passou a ser alvo de perseguição política. Ele disse que nunca teve nenhum problema com funcionários, respeita a todos e que espera ser respeitado da mesma forma. Porém, explica, o racha resultou na criação de uma disputa entre duas chapas pela presidência.

Edinho aponta que os concorrentes estão usando os trabalhadores para pressioná-lo, fazendo acusações sem fundamento. Diz também alguns dos trabalhadores teriam aceitado aderir à greve contra ele por pressão dos rivais. "Eles são trabalhadores que precisam do emprego e aceitaram participar disso com medo de retaliação", pontuou.

Os concorrentes teriam, inclusive, solicitado o afastamento de Edinho, que recorreu alegou não haver necessidade, tendo em vista justamente a proximidade das eleições.


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