02/03/2021 às 16h44min - Atualizada em 02/03/2021 às 16h44min

Ilumina Pantanal: propriedades pantaneiras receberão energia solar

A previsão é que as instalações terminem até o fim de 2022, investimento é de R$ 133,9 milhões

Governo vai instalar energia solar em propriedades pantaneiras - Gabrielle Tavares

Governo do Estado lançou na manhã desta terça-feira (2) o programa Ilumina Pantanal, que promete levar energia solar para 2 167 propriedades localizadas na região pantaneira. O investimento previsto é de R$ 133,9 milhões.

O projeto é em parceria com o Laboratório de Tecnologia e Gestão de Negócios da Escola de Engenharia da UFF (Latec), Eletrobrás, Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Energisa e Concen.

O Ilumina Pantanal começou a ser idealizado em 2014 e já teve duas fases concluídas. A primeira foi de estudos sobre o impacto social, ambiental e econômico, e na segunda etapa foi estudado tecnologias que melhor se adaptariam no local. A terceira fase é a execução do projeto, que foi lançada nesta manhã.

“Esse sistema solar aproveita os raios solares, com energia limpa. Ele usa tecnologia com lítio, o melhor modelo desenvolvido, presente nas baterias usadas em carros elétricos”, afirmou o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB).

O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck disse que a energia foi também escolhida por ter baixo impacto ambiental no bioma Pantanal.

Azambuja alegou ainda que o cronograma foi prejudicado por causa da pandemia, mas a previsão é que as instalações terminem até o fim de 2022.

O diretor presidente da Energisa, Marcelo Vinhaes explicou que serão usados R$ 94 milhões para instalação do sistema em 1359 propriedades em 2021, e R$ 39 milhões destinados a 731 propriedades em 2022.

Contudo, o cronograma é apenas inicial, é possível que novas propriedades não mapeadas anteriormente sejam localizadas e também recebam a energia solar. “100% dos produtores rurais e ribeirinhos estão contemplados, se ainda não foram identificados, serão”, afirmou Verruck.

Serão necessários cerca de 300 profissionais para executar o projeto. Azambuja ressaltou que há muitas regiões de difícil acesso no Pantanal, por isso, a logística de instalação contará com uso de barcos, aviões, tratores e até cavalos.

Os proprietários não precisarão pagar por esta instalação, os moradores só terão de contribuir com os gastos da energia quando o sistema já estiver em funcionamento. Segundo o governador, uma tarifa social de cerca de R$ 30 reais será cobrada mensalmente.

“Além de levar dignidade para essas pessoas, também estamos levando a possibilidade de inserção técnica e tecnológica, tanto na pecuária, quanto para as pessoas que trabalham no turismo. Então são vários pontos positivos, sempre temos dificuldades na vacinação da Aftosa nessas regiões por causa da falta de refrigeração e agora com esse sistema poderemos melhorar, parece pequeno mas em questões sanitárias é um ganho enorme”, disse Verruck.


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