09/04/2021 às 08h14min - Atualizada em 09/04/2021 às 08h14min

Deputado protocola lei que inclui jornalistas no grupo prioritária da vacina contra Covid

De acordo com Dagoberto (PDT), a categoria já havia sido reconhecida como essencial pelo governo federal e “está no front do combate a desinformação”

O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) protocolou na tarde desta quinta-feira (8) um projeto de lei que tem o objetivo de incluir a categoria de jornalistas e profissionais da imprensa como grupo prioritário da vacinação contra a Covid-19.  

No documento, o parlamentar justifica a medida dizendo que a categoria já foi reconhecida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como serviço essencial e, desde então, profissionais da área estão na linha de frente contra a desinformação em relação à pandemia.

“além de estarem no front da batalha contra a desinformação, repórteres, cinegrafistas, radialistas, fotógrafos e outros profissionais estão enfrentando condições de trabalho difíceis, ditadas pelo risco de contágio e pelo isolamento social, agregado ao fato de que estão sendo duramente golpeados com constantes ataques e agressões”, ressaltou.

E outro trecho, a legislação traz luz a uma estudo feito pela por pesquisadores da  Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde aponta que relatam que a classe jornalística está entre as profissões que estão mais expostas ao coronavírus, aparecendo com 52% de chance de contágio.

Já a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), aponta que o Brasil é o país com maior número de jornalistas mortos pelo novo coronavírus no mundo.  

De acordo com levantamento elaborado pelo Departamento de Saúde da entidade, a partir de notícias e de acompanhamento pelos Sindicatos da categoria no país, 169 jornalistas morreram entre abril de 2020 e março de 2021 no país.  

Apenas nos três primeiros meses deste ano, 86 casos fatais foram registrados.  

Um aumento, até agora, de 8,9% de mortes em comparação com 2020. A média diária de óbito dos profissionais por mês no ano passado foi de 8,5. Em 2021, essa média alcança 28,6 mortes. É como se um jornalista morresse por dia no Brasil.  

Cenário em MS

Em Mato Grosso do Sul, o jornalismo já perdeu nomes como Denilson Pinto, Hermano de Melo e Guilherme Filho.  

A redação do Correio do Estado também sofre o luto do fotojornalista Valdenir Rezende, que trabalhou por toda sua vida no jornal. Além da editora de Economia Súzan Benites que perdeu o pai, mãe e irmão para a doença.  

“Estar do outro lado como notícia nunca passou pela minha cabeça e, sem dúvidas, tem sido a parte mais difícil”, conta Benites.


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