12/05/2021 às 20h57min - Atualizada em 12/05/2021 às 20h57min

Indústria de celulose deve gerar 13 mil empregos em MS

Unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo confirma investimento de R $ 14,7 bilhões

Coletiva de impressa de apresentação do Projeto Cerrado - Divulgação

A Suzano confirmou nesta quarta-feira (12) a construção de uma nova fábrica de produção de celulose. Conforme já adiantado pelo Correio do Estado, será a maior linha única de produção de celulose do mundo.

Com investimentos de R $ 14,7 bilhões, a estimativa é gerar 13 mil empregos desde a fase de construção até o funcionamento do núcleo industrial. 

A fábrica com capacidade para produzir 2,3 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano será construída no município de Ribas do Rio Pardo, a 100 milhas de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.

A Suzano estima que a produção seja produzida até o fim do primeiro trimestre de 2024. A iniciativa foi batizada de “Projeto Cerrado”, em referência à sua localização geográfica em Mato Grosso do Sul.

Uma fábrica ampliada em aproximadamente 20% a atual capacidade de produção de celulose da Suzano, de 10,9 milhões de toneladas.

“A nova fábrica representa um importante avanço em nossa estratégia de longo prazo. A Suzano já está presente na vida de mais de 2 bilhões de pessoas a partir de seus produtos e, como líder global, está comprometida em atender à demanda crescente global por produtos de origem renovável. Este projeto também trará uma contribuição relevante na geração de renda e emprego, bem como na capacidade de captura de carbono advinda da expansão da base florestal ”, afirma o presidente da Suzano, Walter Schalka.

EMPREGO E RENDA

Durante a transmissão on-line do evento, a ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina Dias, se disse emocionada. 

“Esse é o maior investimento que temos nesse período difícil de pandemia. Com certeza trará desenvolvimento, emprego e renda ”.

O empreendimento deve gerar cerca de 13 mil empregos no Estado. “Vamos gerar 10 mil empregos diretos no pico da obra, além de muitos de empregos indiretos em toda a região. Quando concluída, uma nova unidade deve empregar 3 mil pessoas entre colaboradores próprios e terceiros e movimento toda a cadeia econômica regional ”, explica o presidente da Suzano.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, aestratégia de desenvolvimento do Estado é baseada no adensamento das cadeias produtivas e na agregação de valor.

“O impacto estimado é de 5,6% no crescimento do PIB do Estado. Já temos segunda área plantada de eucalipto, esse ano deve ampliar o plantio em 100 mil hectares, sem a necessidade de desmatamentos. Mato Grosso do Sul se consolida como o maior exportador de celulose. Aqui temos o 'vale da celulose' ”, ressaltou Verruck.

SUSTENTABILIDADE

Outro ganho a ser proporcionado pela nova unidade para mitigar os efeitos das mudanças climáticas está relacionado ao aumento da oferta de geração de energia renovável no Brasil.

Conforme o projeto, uma planta terá capacidade para exportar aproximadamente 180 MW médios ao sistema elétrico nacional. 

A nova unidade caminha para ser a primeira fábrica do setor de papel e celulose no Brasil considerada livre de combustível fóssil, um novo marco da Suzano em ecoeficiência, que evidencia o compromisso com a sociedade e com o planeta.

“Queremos transformar o Mato Grosso do Sul no primeiro estado carbono neutro e essa fábrica vai contribuir nesse projeto”, disse o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB).

O presidente da Suzano, reforçou o compromisso com o meio ambiente. “Não temos apenas ambição econômica, mas ambiental e social. Vamos aumentar o plantio e sequestrar mais carbono ”, afirmou Schalka.

A efetivação do projeto, que resultará na maior planta de celulose em linha única do mundo, ainda depende de condições precedentes, como o atendimento aos parâmetros derivados da política da companhia financeira e como fonte com fornecedores.

O Projeto Cerrado terá como principal fonte de recursos a geração de caixa da Suzano, podendo ser complementado com financiamentos, desde que as condições sejam atrativas em termos de custo e prazo.

“Nosso governo prepara o Mato Grosso do Sul para diversificar sua economia e se transformar em um novo celeiro de oportunidades de negócios. Temos investido em infraestrutura e, com isso, garantido necessário às nossas commodities. Nosso programa de incentivos fiscais tem gerados de empregos e atraído mais indústrias, mantendo o ritmo do crescimento econômico uniforme em todo o Estado. O anúncio da Suzano de construção da fábrica em Ribas do Rio Pardo demonstração que estamos no caminho certo, transformando Mato Grosso do Sul em um Estado de oportunidades para todos, com sustentabilidade e qualidade de vida para nossa população ”, ressaltou Azambuja.

Para o prefeito de Ribas do Rio Pardo, João Alfredo Danieze (PSOL) a indústria será um marco para a cidade. “Hoje é um dia histórico para Ribas do Rio Pardo, fica no passado uma cidade baseada em economia primária, para esse momento de industrialização sustentável”.


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