03/01/2020 às 11h14min - Atualizada em 03/01/2020 às 11h14min

Tecnologias implantadas no sistema prisional de MS proporcionam mais inovação durante execução da pena

Tecnologias implantadas no sistema prisional de MS proporcionam mais inovação durante execução da pena

A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) vem utilizando a tecnologia como uma grande aliada na custódia de pessoas em privação de liberdade e reforço na segurança dos serviços prestados. Uma das principais conquistas deste ano foi a ativação de scanners corporais para as inspeções em pessoas que adentram nos presídios do Estado. Aliado a isso, monitoração eletrônica com tornozeleiras e audiências virtuais tornam o sistema prisional de Mato Grosso do Sul mais seguro e eficaz.

Com tecnologia de ponta, os scanners possibilitam inspeção mais eficiente e sem constrangimentos durante a revista. Como parte das ações de modernização, a Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual realiza atualmente a fiscalização de mais de 1,8 mil monitorados em todo o Estado com o uso da tornozeleira eletrônica, em atendimento às determinações judiciais. A Agepen já negocia junto ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen) a ampliação deste serviço.

Presente em 20 municípios, a Agepen atualmente tem sob custódia mais de 19,3 mil reeducandos em 42 presídios da Capital e do interior, e, para garantir mais agilidade nos processos e redução de custos, uma parceria firmada com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul possibilita a realização de audiências virtuais.

Somente este ano, foram realizadas mais de nove mil audiências virtuais, feitas em presídios do regime fechado, semiaberto e aberto de MS, as quais são transmitidas para órgãos da Justiça em todo o Brasil, dentre elas estão desde as de justificativa até julgamentos do Tribunal do Júri. Outra vantagem do sistema de videoconferência é proporcionar maior segurança para a população, já que não é necessária a realização de escoltas.


Com esse foco no oferecimento de serviços mais especializados, a Central de Alvarás vem possibilitando mais eficiência e agilidade nas consultas processuais. Além disso, a movimentação eletrônica de milhares de documentos através do Malote Digital, entre o Poder Judiciário e o sistema prisional de MS, possibilita ainda mais economia aos cofres públicos. Em 2019, o sistema interligado movimentou 5.583 documentos eletronicamente, gerando uma economia de R$ 2.558.518,20 em impressões de documentos e gastos com Correios.

Instituída pela Agepen em 2015, a Central de Alvarás é responsável por realizar consultas processuais relacionadas com a efetivação de benefícios judiciais como alvará de soltura, progressão de regime, livramento condicional e saídas temporárias para tratamento de saúde.

Criado por servidores penitenciários, o Sistema Integrado de Administração Penitenciária (Siapen) gerencia as rotinas diárias das unidades prisionais de Mato Grosso do Sul, permitindo ainda mais controle sobre as informações da massa carcerária.

Conforme o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, avanços como esses tem se tornado possíveis graças ao esforço conjunto do Governo do Estado e a atuação dos servidores da Agepen para a efetivação de diversas parcerias firmadas. “Essa evolução do sistema penitenciário tem proporcionado inúmeros benefícios à sociedade, além de gerar economia aos cofres públicos. Com o empenho de nossos servidores e a utilização da tecnologia, podemos melhorar os serviços prestados agregando agilidade, segurança e ressocialização durante o desenvolvimento das ações”, afirma o dirigente.

Para o próximo ano, segundo Aud, a Agepen estuda a instalação de trancas automatizadas nas portas das celas, com base em modelos adotados no sistema prisional de São Paulo, desenvolvidas pelos próprios agentes penitenciários, o que possibilita redução de custos com esta tecnologia. Uma equipe da Secretaria de Administração Penitenciária paulista esteve este mês na Penitenciária de Segurança Média de Três lagoas, para contribuir com a implantação do projeto piloto no local.

Além disso, a agência penitenciária realiza tratativas junto ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para a instalação de bloqueadores de celular nos principais presídios do Estado.

 

Texto: Tatyane Santinoni e Keila Oliveira – Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen)

Fotos: Arquivo


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