27/07/2021 às 09h37min - Atualizada em 27/07/2021 às 09h37min

Gabriel Medina fica fora do pódio olímpico, e Yasmin Brunet protesta nas redes

Australiano superou o brasileiro por 11,97 a 11,77, garantindo o terceiro lugar nos Jogos de Tóquio

CNN
Gabriel Medina vai ao ar em uma onda durante a bateria pela medalha de bronze do surfe nos Jogos Olímpicos Foto: Francisco Seco / AP

Gabriel Medina vai deixar o Japão sem uma medalha e frustrado. Na estreia do surfe no programa olímpico, ele sofreu duas derrotas na disputa da modalidade nos Jogos de Tóquio, na praia de Tsurigasaki, a última delas na disputa do terceiro lugar para o australiano Owen Wright por 11,97 a 11,77. 

Um resultado decepcionante para Medina, dono de dois títulos mundiais, conquistados em 2014 e 2018, mas que não conseguiu realizar o objetivo de ir ao pódio nos Jogos de Tóquio, embora tenha chegado ao Japão em alta. Porém, diante de Wright, não conseguiu se recuperar da derrota para o japonês Kanoa Igarashi nas semifinais, sofrida nos minutos finais, de virada, e com questionamentos envolvendo a maior nota atribuída ao asiático. 

 

Na final do surfe, o também brasileiro Ítalo Ferreira superou Igarashi e conquistou a medalha de ouro, a primeira do Brasil nas Olimpíadas de 2020 e o primeiro da modalidade na história dos Jogos. 

'É triste', diz Medina

Após a derrota na disputa pelo bronze, demonstrou que estava mais sentido com o revés nas semifinais. "É triste quando isso acontece. É triste você passar o ano inteiro treinando e acontecer isso. Fazer o quê? Agora só vou pensar em surfar, fazer o meu trabalho e me divertir na água. O que vier é lucro", disse ao canal SporTV.

Na disputa pelo bronze, Wright largou na frente logo em sua primeira onda relevante. Ele entrou no backside, fez uma rasgada e fechou com uma batida, obtendo a nota 6,50. Plasticamente, a resposta de Medina pareceu até melhor, pois ele soltou um aéreo. Mas como quase caiu da prancha, recebeu apenas 5,43.


Em desvantagem, Medina se arriscava em várias ondas, mas não conseguia boas notas. A 13 minutos do fim, realizou três manobras em sequência e obteve a nota 5,47. Mas a resposta de Wright foi um 5,77, o que o manteve na liderança. Quando faltavam pouco menos de 6 minutos para o fim, Medina conseguiu um lindo aéreo, mas que lhe rendeu um 6. Depois, não teve êxito nas tentativas seguintes. E assim ficou fora do pódio.  

A trajetória de Gabriel Medina nas Olimpíadas

Medina chegou às Olimpíadas como favorito, mas também sob polêmicas. Afinal, é o líder do Circuito Mundial nesta temporada, com cinco finais e dois títulos nas seis etapas realizadas. Mas também entrou em conflito com o COB, reclamando do veto à presença da sua mulher, a modelo Yasmin Brunet, como parte do seu estafe. 

Na praia de Tsurigasaki, Medina triunfou na sua bateria de estreia, obtendo um somatório de 12,23 pontos em 20 possíveis, avançando diretamente às oitavas de final. Aí, superou o australiano Julian Wilson e o francês Michel Bourez, até encarar o japonês Kanoa Igarashi nas semifinais.

Esteve em vantagem durante boa parte da bateria, mas acabou sendo derrotado graças a uma nota 9,33 obtida pelo asiático por uma manobra no fim, semelhante como uma em que o brasileiro tinha conseguido uma avaliação menor. Precisou, assim, tentar levar o bronze contra Owen Wright. Mas não teve êxito.


Caiu a live

Yasmin Brunet, a modelo e esposa de Medina, entrou nas discussões olímpicas quando não pode embarcar com o marido para o Japão. A solução foi torcer de longe. Mas ela fez mais do que ficar grudada na TV e, desde a primeira bateria disputada por ele, transformou a live de seu perfil em uma transmissão própria das provas - algo parecido com os clássicos "reactings" existentes em vídeos de YouTube. E tudo ia bem, com mais de 60 mil pessoas assistindo. Até Medina ser eliminado.

Assim que saiu a nota do surfista japonês Kanoa Igarasshi, os 9,33 pontos que garantiram a virada para cima do brasileiro na semifinal, Yasmin passou a questionar e atacar o resultado. “O surfe é subjetivo, dá para roubar fácil”, disse, em uma de muitas reações do tipo, inicialmente direcionadas aos árbitros. E sobrou para as entidades olímpicas brasileiras também. “Queria pedir para vocês irem no Instagram do COB, da CBSurfe, do Time Brasil e perguntar para eles porque eles vão deixar um atleta deles ser completamente roubado?”

Ao fim, Yasmin ainda tentou voltar ao Instagram para transmitir o bronze, mas teve uma surpresa: por conta de ter violado direitos autorais das Olimpíadas, a ferramenta de lives do seu perfil estava temporariamente fora do ar. 

 

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