04/08/2021 às 10h40min - Atualizada em 04/08/2021 às 10h40min

Com aumento de 26% no ano, gasolina passa de R $ 6,30 no Estado

Preço médio do litro do combustível chega a R $ 5,72 na Capital, enquanto em Corumbá vai a R $ 6,31

O litro da gasolina em Mato Grosso do Sul aumentou 26,41% em 2021 e já é comercializado acima de R $ 6,30 em municípios. 

Na primeira semana de janeiro, o combustível era comercializado pelo preço médio de R $ 4,58, indo do mínimo de R $ 4,46 ao máximo de R $ 4,77, já nos preços aferidos na passada semana, o litro foi a semana R $ 5,79, variando entre R $ 5,59 e R $ 6,33.

 

Conforme os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do litro variou bastante entre as cidades do Estado na última semana. 

Em Campo Grande, o litro é comercializado pelo preço médio de R $ 5,72 - variando entre R $ 5,59 e R $ 5,79. Enquanto Corumbá registra o maior valor vigente indo de R $ 6,28 a R $ 6,33 - média de R $ 6,31 por litro.  

Já em Dourados, o combustível na versão comum varia do mínimo de R $ 5,89 ao máximo de R $ 6,06, média de R $ 6,06.

Segundo o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos (Sinpetro-MS), Edson Lazarotto, o preço na Capital tem se mantido. 

“É importante frisar que a gasolina tem se mantido no preço médio na Capital entre R $ 5,59 e R $ 5,79, dependendo da forma de pagamento”.

De janeiro a julho, o litro do combustível aumentou R $ 1,21. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento é de 34,02%. Na última semana de julho de 2020, a gasolina custava R $ 4,32, ante R $ 5,79 atuais.

Nenhum comparativo da média mensal, o preço médio praticado em Mato Grosso do Sul foi de R $ 5,81 em julho, o maior valor da série histórica da ANP.

 
 

REFINARIAS

O último reajuste anunciado pela Petrobras nas refinarias passou a valer no dia 6 de julho, aumento de 6% na gasolina e 3,7% sem diesel. 

“Como sempre frisamos, a Petrobras utiliza dois pilares para reajuste de petróleo, que é a paridade internacional dos preços do barril de petróleo e da oscilação do dólar”, disse Lazarotto.

O general Joaquim Silva e Luna assumiu a presidência da Petrobras em abril deste ano, e foi o primeiro aumento indicado por sua gestão. 

Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, o general assumiu uma promessa de controle do aumento dos preços dos combustíveis.  

Quando passou a vigorar o novo aumento anunciado nas refinarias, o presidente tem atribuiu a culpa do alto preço do combustível ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), estipulado pelos governos estaduais.

“Tudo me culpam, né? O preço dos combates: conhecido agora, há dois dias, um aumento no preço dos combates, e obviamente o mundo cai na minha cabeça ", afirmou Bolsonaro durante ao vivo no início do mês passado.

“[...] O preço mais barato [do Brasil], acredite, é no Maranhão. [...] Mas aí vem seu governador, do Partido Comunista do Brasil [PCdoB], e mete a mão no ICMS”.

O ICMS que incide sobre a gasolina é de 30% em Mato Grosso do Sul. 

Segundo a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), em agosto, os impostos federais representam R $ 0,68 por litro de gasolina e o ICMS representa R $ 1,70 sobre o litro no Estado.

ETANOL

Apesar de a gasolina ter aumentado, trocar o combustível fóssil por etanol continua inviável em Mato Grosso do Sul. 

Na semana passada, enquanto a gasolina era comercializada a R $ 5,79, o etanol custou R $ 4,46, ou seja, 77% de diferença. Para compensar a troca, é necessário que a diferença seja menor que 70%.

Para calcular qual opção será mais eficiente financeiramente, é necessário dividir o valor do etanol pelo valor da gasolina e multiplicar por 100. 

Se o resultado for inferior a 70, é mais vantajoso abastecer com etanol, caso contrário, é mais vantajoso abastecer com gasolina.

“Os requisitos necessários para analisar os valores entre a gasolina e o álcool para o sabre qual se torna mais viável, porém, o álcool precisa de uma maior quantidade na queima para ter a mesma eficiência que a gasolina, mas acaba que a diferença de preço entre um e outro desperta atenção do consumidor ”, afirma o economista Marcos Rezende.


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