25/08/2021 às 06h10min - Atualizada em 25/08/2021 às 06h10min

Pai que matou bebê afogado em Campo Grande pega 20 anos de prisão

Evaldo assassinou seu próprio filho por vingança e possessão, após sofrer várias recusas para reatar o relacionamento com a mãe do pequeno Miguel

topmidianews.com.br
Evaldo matou seu filho afogado em uma bacia de água - Crédito: Silas Lima

Evaldo Christyan Dias Zenteno, de 25 anos, foi condenado nesta quarta-feira (25) a uma pena de 20 anos de reclusão por matar seu próprio filho, Miguel Henrique dos Reis Zenteno, na época com 2 anos e 11 meses, em setembro de 2019, em Campo Grande.

O rapaz matou a criança afogada em uma bacia em uma casa que ficava no bairro Jardim Parati. Em um primeiro momento ele apresentou uma versão de que teria sido alvo de um assalto.


Contudo, investigações da Polícia Civil confirmaram que ele mentiu em sua versão e que Evaldo é quem tinha cometido o crime por não aceitar o fim do seu relacionamento.

Pedido de desculpas

Após pedir desculpas por matar o filho, o rapaz pediu para acompanhar a decisão do júri popular fora do plenário na manhã desta quarta.

Zenteno confessou ter matado o filho afogado em uma bacia, pediu desculpas para a família e para a mãe da criança durante depoimento e não quis falar do dia do crime, alegando que está disposto a pagar pelo crime que cometeu.

"Peço desculpas por ter estragado a vida da família e dela. Eu estou disposto a pagar o crime perante a lei dos homens”, disse Zenteno.

Mãe queria pena máxima

Thayelle Cristina Bogado, 23 anos, acompanhou o julgamento e pedia justiça pela morte do seu filho. Por isso, defendia a pena máxima para o assassino de Miguel.

“É um momento muito difícil, pedimos justiça, queremos no mínimo é que ele receba pena máxima. Queremos honrar a memória do meu filho”, diz a mãe.

A jovem conta que conseguiu recomeçar a vida e está grávida de nove meses. 

“Eu tenho novo relacionamento, casei, vou ter um menino. Eu quis vir para honrar a memória do Miguel, quero justiça por ele. Tive oportunidade de recomeçar minha vida, meu filho era feliz, vivia sorrindo, ele estará sempre presente, estará sempre vivo dentro do meu coração, dentro da minha casa”, diz Thayelle. 

Possessão e vingança

A assistente de acusação Luciana do Amaral Rabelo iniciou a fala durante o Júri Popular, nesta quarta-feira (25), mostrando a bacia utilizada pelo réu, Evaldo Christyan Dias Zenteno para matar o filho afogado.

Luciana destaca que a mãe da criança nunca impediu o pai de estar com o filho, tanto que permitiu que ele viajasse com Miguel de Aquidauana para Campo Grande.


O que chama a atenção é a obsessão que Evaldo tinha pela ex-esposa, Thayelle Reis, 23 anos, mãe de Miguel. Conforme a acusação, Zenteno insistia em reconciliar e levava até flores para tentar convencer a mulher a reatar. Como Thayelle recusou as investidas, ele resolver assassinar o filho para se vingar da mãe. 

Além da bacia, a acusação também mostrou a roupinha que a criança vestia e a toalha que Zenteno utilizou para enrolar Miguel e levar para o hospital, apresentando uma versão mentirosa dos fatos.  

O caso

Evaldo matou o filho Miguel dos Reis Zenteno, de 2 anos, afogado em uma bacia no dia 19 setembro de 2019, em uma casa no bairro Parati, em Campo Grande. 

Ele não aceitava o fim do relacionamento com a mãe da criança, Thayelle Reis, 23 anos, e quis se vingar da ex-esposa.

Em Campo Grande, ele estava sozinho na casa, quando pegou uma bacia e matou Miguel. Ele chegou com o menino morto na Santa Casa, fingindo que teria sido vítima de assalto. Ele afirmou que os bandidos sequestraram a criança e jogaram no córrego Prosa.


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