A população indígena de Mato Grosso do Sul permanece firme nos protestos contra a aprovação do marco temporal, tendo em vista que, nesta quinta-feira (2), o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a pauta vai continuar.
O marco temporal, amplamente defendido pela bancada ruralista, permite que os indígenas reivindiquem as terras ocupadas por eles antes da data de promulgação da Constituição (5 de outubro de 1988). A decisão está tendo repercussão internacional porque poderá afetar mais de 300 terras que estão em processo de demarcação.
Ontem (1º), a equipe de reportagem do Jornal O Pantaneiro conversou com o líder índigena da Aldeia Limão Verde, Cacique Antônio dos Santos Silva, que afirmou, durante a entrevista, que a aprovação do marco temporal levará retrocesso e causará o genocídio da população indígena, que apela pela correta demarcação das terras.
Estão interditadas, no Mato Grosso do Sul, as seguintes rodovias:
A Polícia Rodoviária Federal permanece nos locais de protesto, mantendo a segurança do trânsito e negociando com os manifestantes.