22/09/2021 às 17h29min - Atualizada em 22/09/2021 às 17h29min

Polícia apreende armas, dinheiro e dez carros em casa de investigado no esquema de corrupção de Maracaju

Seis pessoas foram presas e o ex-prefeito do município continua foragido

Polícia apreende armas, dinheiro e dez carros em casa de investigado no esquema de corrupção de Maracaju - Divulgação

Durante operação Dark Money, contra a corrupção em Maracaju o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) apreendeu, 10 veículos, R$ 252 mil entre cheques e dinheiro, eletrônicos, celulares, computadores, documentos, joias e barco. 

Além de armas de fogo e munições de vários calibres, itens foram encontrados em casa de ex-servidor público envolvido no esquema que desviou R$ 23 milhões dos cofres do município em 2019 e 2020.

Seis pessoas foram presas, o ex-secretário de Finanças, Lenilson Carvalho Antunes, a ex-secretária municipal de administração, Daiana Cristina Kuhn, a ex-diretora do Departamento de Tesouraria, Iasmin Cristaldo Cardoso, o ex-assessor especial de gabinete, Fernando Martinelli Sartor, Pedro Emerson Amaral Pinto e Moisés Freitas Victor. 

O ex-prefeito de Maracaju, Maurílio Ferreira Azambuja, está foragido, ele esteve à frente da administração da cidade durante três mandatos, sendo de 2005 a 2008 e de 2013 a 2020. A polícia realiza uma investigação para encontra-lo. 

Todos os seis que foram presos já foram submetidos a Exame de Corpo de Delito e à audiência de Custódia realizada pelo magistrado titular da 1ª Vara de Maracaju/MS. 

Ambos foram encaminhados à carceragem em Unidades Policiais de Campo Grande.

Entenda

Segundo o Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), foi constatado que se criou uma conta bancária de fachada e não declarada aos órgãos de controle do município, no qual pegou mais de 150 repasses de verbas públicas em menos de um ano. 

Com isso, conseguiram emitir mais de 600 lâminas de cheques, totalizando o valor desviado de R$ 23 milhões, para empresas sem embasamento jurídico. 

Conforme a investigação, muitas empresas que foram beneficiadas não tinham relação ou contato com a prefeitura da cidade. Além disso, não era feita a emissão de notas fiscais e os valores não eram submetidos a despesas ou operações legais.

Também houve 26 mandados de busca e apreensão, promovendo bloqueio de bens e medidas cautelares. 

As ações ocorrem em Maracaju, Corumbá, Ponta Porã e Campo Grande.

A operação foi batizada de Dark Money em alusão a natureza do dinheiro fruto da corrupção sistêmica que atinge setores públicos.


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