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Mandalas do arte-terapeuta Mauro Mondine “são portais energéticos, ferramentas com o poder de equilibrar e centralizar as energias” - DIVULGAÇÃOMauro Mondine, Kim Matos, Carlos Vera, Ryam Paès e Fernando Anghinone são os cinco nomes escolhidos para mostrar suas criações na Feira das Artes Visuais, que vai ocupar o Armazém Cultural (Av. Calógeras, nº 3.065, Centro) durante o Campão Cultural 2022, de 8 a 15 de outubro.
Os artistas foram escolhidos pela equipe do Núcleo de Artes Visuais da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).
Responsável pelo evento paralelo da segunda edição do Campão, o núcleo aposta no potencial de venda dos trabalhos que estarão expostos, bem como no portfólio já acumulado pelos artistas convidados.
Além de marcar presença na cena artística local e nacional, o elenco em destaque apresenta uma diversidade de técnicas e de suportes para uma expressão também variada de poéticas e do universo imagético de cada criador.
A proposta do evento paralelo é abrir um espaço na programação do 2º Festival de Arte, Cultura, Diversidade e Cidadania, o Campão, para a comercialização de trabalhos de artes visuais. Marilena Grolli, que está à frente do Núcleo de Artes Visuais da FCMS, diz que a iniciativa foi motivada pelos profissionais do segmento.
Há décadas, os artistas almejam uma vitrine no mesmo contexto dos grandes festivais do Estado, como a Feira das Artes Visuais tem chance de se tornar e, aliás, a exemplo do que se pôde ter ideia a partir da experiência na mais recente edição do Festival de Inverno de Bonito (FIB).
A Tenda das Artes Visuais, armada na estância turística durante o 21º FIB, na última semana do mês de agosto, serviu de laboratório para consolidar o projeto da feira.
“Os artistas apresentarão obras de artes de diferentes técnicas, e a feira será dividida em cinco estandes de 160 x 300 cm cada um”, conta Marilena. Foi a gestora do Núcleo de Artes Visuais da FCMS quem idealizou o evento paralelo para abrigar a linguagem no Campão.
“O objetivo é incluir a cena artística visual de Mato Grosso do Sul no circuito comercial, promovendo geração de renda para a classe e possibilitando novos fomentos futuros, como intercâmbios com feiras artísticas visuais de outros estados, fortalecendo os laços entre a classe e levantando a questão de que precisamos fomentar esse campo comercial por ser algo importante no processo de geração de renda na área das artes visuais”, diz Marilena Grolli.
Confira um breve quem é quem dos artistas com trabalhos em exposição na Feira de Artes Visuais.
Formado em Artes Visuais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Mondine é professor, artista visual e arte-terapeuta. Trabalha, atualmente, na produção de mandalas de pontilhismo para expressar seus sentimentos.
“Elas são portais energéticos, te trazem para o aqui e o agora. São ferramentas curativas e trabalham com as energias. Quando as mesmas estão em um ambiente, elas possuem o poder de equilibrar e centralizar as energias. Os meus trabalhos são feitos de forma intuitiva, trabalho conectado com meu coração e espírito, transformando em trabalhos psicofísicos. Corpo, mente e espírito”, conta o artista.
Ryam Paès usa e abusa de sua regionalidade, procurando incorporar uma miríade de signos ao mesclar fauna e flora com os elementos sociais que atravessam sua vivência. Agregando experiências de pintura, instalação e performance a gêneros visuais “com um ímpeto contemporâneo”.
Desde 2017, Paès expõe seus trabalhos em mostras coletivas em Campo Grande e no Rio de Janeiro, na Galeria Zagut, onde participou do projeto “Quarentena” e da “Homenagem Hélio Oiticica”, ambos em 2020.
Mais recentemente, o artista, que cursa Artes Visuais na UFMS, vem desdobrando o seu trabalho em uma pesquisa com técnicas envolvendo argila.
As cores e as formas geométricas sempre foram elementos fundamentais na obra de Carlos Vera, que explora uma visualidade para, “além da beleza, fazer pensar, refletir e mexer com o inconsciente das pessoas”.
Publicitário e designer gráfico, o artista investe no “brincar” em sua busca por cromatismos e texturas. Vera traz, no currículo, “várias fases de criação” e uma série de exposições coletivas e individuais ao longo dos anos. No momento, seu trabalho artístico está voltado para a pintura de vasos de cerâmica.
O artista visual também trabalha com design gráfico. Já foi consultor em inovação, atuando no artesanato sul-mato-grossense pelo Sebrae entre os anos de 2013 a 2017.
Contemplado com um prêmio municipal em Campo Grande no ano de 2013, pelo projeto “CromoSomos”, Anghinone expôs suas obras em espaços como a Galeria de Vidro e participou do projeto “Artes & Cores”, no Paço da prefeitura da Capital.
Neste ano, o artista está voltando a circular, com a participação em feiras e eventos, nos quais expõe gravuras e desenhos tendo como referência uma iconografia baseada na cultura do Estado.
Nascida em Campo Grande, Kim Matos apresenta um trabalho que explora múltiplas linguagens, entre as quais pintura, desenho, performance, poesia e vídeo.
“Caminho nas encruzilhadas artísticas buscando retomar raízes sensíveis, natureza e território”, afirma Kim.
Sua poética cria narrativas a partir de “mergulhos e reflexões sobre processos de interiorização e experienciação do meio, em busca da própria consciência de si”.
Kim Matos é formada em Artes Visuais (UFMS) e participou, como artista convidada, em 2021, da “versão Brasil” da Conferência da Juventude pelas Ações Climáticas do Mundo (LCOY), da Organização das Nações Unidas (ONU), com a obra de videoarte “INVOCAÇÃO – Retomar a Terra”.
Mais informações sobre a Feira das Artes Visuais podem ser obtidas por telefone: (67) 3316-9172.
